Introdução: Diversos efeitos colaterais podem acometer a pele e seus anexos durante o tratamento oncológico de mulheres com câncer de mama, comprometendo a terapia. Objetivo: Identificar a ocorrência de alterações dermatológicas durante o tratamento oncológico de mulheres com câncer de mama. Método: Estudo documental e retrospectivo, de cunho quantitativo, com uso de dados secundários obtidos por meio de 190 prontuários clínicos (n=190) de um serviço privado de oncologia. Resultados: As participantes apresentaram média de idade de 53 anos (±11,2), com diagnóstico histopatológico de carcinoma ductal invasivo (85,8%). Todas foram submetidas à quimioterapia, 65,3% à mastectomia radical e 34,2% à radioterapia. As alterações dermatológicas identificadas e as ocorrências verificadas na amostra foram alopecia (94,2%), hiperpigmentação (48,4%), prurido (36,3%), eritema (6,8%), descamação (25,8%) e alterações ungueais (77,9%). Ao todo, foram identificadas 550 alterações dermatológicas, resultando em uma média de 2,9 (±1,3) por paciente. A radioterapia esteve associada a uma maior ocorrência de eritema (p<0,001) e mulheres expostas a taxanos apresentaram maior probabilidade de manifestar de alterações dermatológicas do que as não expostas (p<0,001), bem como fatores sociodemográficos não estiveram associados. Conclusão: A ocorrência de alterações dermatológicas identificadas nas participantes foi significativa, reforçando que essas manifestações podem ser frequentes em mulheres com câncer de mama durante o tratamento oncológico, requerendo medidas de prevenção e tratamento.