Topologia do simportador tireoideano sódio/iodeto

Abstract

A síntese de hormônios tireoideanos depende fundamentalmente da captação de iodo do meio extracelular para o interior do tireócito. Esse processo é mediado por uma glicoproteína transmembrânica denominada simportador sódio/iodeto, que transporta iodeto para o interior do tireócito, juntamente com dois íons sódio em um processo de cotransporte. Esse processo é orquestrado pelo potencial eletroquímico gerado pela bomba Na+/K+ ATP´ase dependente. O simportador sódio/iodeto também está envolvido no transporte ativo de iodeto em tecidos extratireoideos, tais como glândulas salivares, mucosa gástrica e a mama em lactação. A alta capacidade de acumular iodeto pelo tireócito constitui a base do diagnóstico cintilográfico e também da terapêutica com radioiodo em situações de hiperfunção tireoidea, como, por exemplo, na doença de Graves. Algumas mutações no simportador sódio/iodeto geram prejuízo no transporte de iodeto para o tireócito, resultando em hipotireoidismo congênito; além disso, o simportador sódio/iodeto pode tornar-se alvo de imunocomplexos, como, por exemplo, nas doenças tireoideanas autoimunes. Finalmente, o estudo molecular do simportador sódio/iodeto apresenta importância em muitas áreas, que compreendem desde proteínas transportadoras até o diagnóstico e tratamento de cânceres em tecidos tireoidianos e extratireoideos. Este artigo objetivou descrever o simportador sódio/iodeto presente na glândula tireoide, destacando sua sequência de resíduos de aminoácidos, topologia e todos os demais aspectos pertinentes a sua estrutura e função. Foi desenvolvido através de revisão sistemática da literatura nacional e internacional pelo indexador Medline/PubMed, utilizando os unitermos: iodeto, tireoide, transportador, topologia, sequência de resíduos de aminoácidos e estrutura.Termos de indexação: Glândula tireoide. Iodo. Simportadores.

Política de internacionalização da educação superior como estratégia da agenda global: tendências atuais

“…No Brasil, o Ciência sem Fronteiras, de 2011, foi um programa que deu oportunidade a muitos acadêmicos. U m dos países mais procurados foram os Estados Unidos, pela necessidade de aprender a língua inglesa, e Portugal, pela facilidade na comunicação em língua portuguesa(Pinto;Larrechea, 2018).Os processos de internacionalização do ensino superior podem ser compreendidos como parte das estratégias de ampliação do nível de desenvolvimento da produção científica em busca da ampliação e consolidação das áreas e setores da economia, além da inserção no comércio de ensino mundial. A mobilidade estudantil é a face mais visível da internacionalização e tem sido realizada, preferencialmente, em direção aos países do Norte global, onde se localizam os países mais ricos e desenvolvidos, na sua maioria fazendo parte da OCDE 4 e com universidades conceituadas e bem classificadas em Rankings mundiais.A figura 1 nos permite acompanhar a evolução dos estudantes em Mobilidade mundialmente no período de 1998 a 2017.…”

Avaliação das glândulas salivares por exame de ultrassonografia cervical em pacientes antes e após tratamento de radioiodoterapia no câncer diferenciado da tireoide

“…O NIS é uma glicoproteína integral de membrana pertencente ao grupo de transportadores de sódio/iodo (Na + /I -) e mediadora da captação de iodo pela membrana basolateral dos tireócitos. Nesse processo de transporte, dois íons de Na + (2Na + ) são carreados para o interior do tireócito e um íon de Ié internalizado para a célula de forma que os íons de Na + por meio da ação da enzima Na + /K + -adenosinatrifosfatase (ATPase) geram um gradiente de concentração que favorece o transporte de I -, que então é captado e organificado (12,18,22).…”

“…A sialadenite é uma complicação considerada relativamente comum aos efeitos da RIT e consiste na inflamação das glândulas salivares provocada por diferentes fatores: como presença de vírus, bactérias, fungos, doenças imunológicas ou efeitos secundários à radiação ionizante. Pode ser classificada em sialadenite aguda ou crônica, cuja causa e sintomas diferem de acordo com a classificação, mas o primeiro sinal clínico da sialadenite em geral se manifesta por meio da redução do fluxo salivar da glândula inflamada (20)(21)(22)(23)(24)(25).…”

“…A sialadenite aguda é uma inflamação aguda das glândulas salivares, comumente caracterizada por aumento do volume glandular, edema e dor, podendo ocorrer também febre, trismo, aumento da pressão periductal com constrição do ducto salivar e consequente redução do fluxo salivar. No entanto, nos casos de sialadenite aguda, há menor duração dos sintomas com cicatrização espontânea em poucos dias, e o diagnóstico pode ser realizado por exame físico acrescido de exame de US (20)(21)(22)(23)(24)(25).…”

“…Devido à característica retrospectiva do estudo, não foi possível avaliar níveis de captação por exame de PCI pré-dose de RIT e sua possível correlação com alterações tardias na ecotextura das glândulas salivares por exames ultrassonográficos.Na literatura, Jo et al realizaram um estudo retrospectivo com 90 pacientes submetidos à RIT com atividade entre 3,7 GBq (100 mCi) e 9,3 GBq (251,4 mCi) com objetivo de sugerir o estudo específico da PCI como preditor de disfunções nas glândulas salivares pós-RIT, e encontraram associações estatísticas (p < 0,05) (27). Rosário et al ao avaliarem exames de PCI pós-dose de 83 pacientes com CDT submetidos à RIT com atividade entre 3,7 GBq (100 mCi) e 7,4 GBq (200 mCi) também encontraram resultados de captação de 131I associado ao comprometimento em glândulas salivares de forma significativa (p < 0,05), contudo em ambos os estudos não foram comparadas características ultrassonográficas com os resultados obtidos na PCI pós-RIT (23).Como descrito em estudos anteriores, na PCI pós-RIT é esperada atividade fisiológica de 131I principalmente em glândulas salivares, devido às características histológicas e proximidade dessas glândulas com a região da glândula tireoide(22). No presente estudo, os níveis de captação de 131I na PCI pós-dose tanto salivar como cervical não apresentaram associação com as mudanças na ecotextura das glândulas salivares parótidas compatíveis com sialadenite crônica, e não foram encontrados na literatura estudos prévios sobre a relação entre estudo específico de PCI pós-dose e mudanças na ecotextura das glândulas salivares por exame de US como ferramenta para diagnóstico desse efeito adverso pós-tratamento.O presente estudo apresenta algumas limitações: embora mencionado na literatura que a extensão dos efeitos colaterais pós-RIT possa mudar de acordo com o tempo de acompanhamento, somente foi possível avaliar os pacientes uma vez a partir de 12 meses pós-RIT devido a característica retrospectiva do estudo e indisponibilidade de mais exames ultrassonográficos em prontuário eletrônico.…”