Toward a Study of the Poor and Poverty in Ancient Egypt: Preliminary Thoughts

Abstract

Poverty in ancient Egypt remains a rarely-studied subject. For decades Egyptologists have focused their attention mainly on the so-called ‘elite’, while the poor, their housing, their possessions, their diet, or their cultural values, remain largely in the shadows. Although they are much less visible archaeologically, they were much more numerous than the wealthy. Despite these circumstances, ancient Egypt provides a good starting point for discussing how to approach poverty during antiquity, as there are archaeological and textual records that can shed light on this complex issue. This article aims to stimulate reflection on the issue of poverty in the Nile valley and how it can be explored. It seeks also to add nuance to the idea of a strict dichotomy opposing the poor to the elite. In so doing, this paper will present discussion of the definition of poverty.

Using the Concepts of Hermeneutical Injustice and Ideology to Explain the Stability of Ancient Egypt During the Middle Kingdom

“…This claim accords with our evidence which seems to suggest that even if there were little traditions, they were not efficacious to the degree that is to be found in Scott's case studies. Recent attempts that focus on the study of the poor in ancient Egypt have noted that even though it seems that by necessity the poor had to diverge from ideal elite norms in their practices, “the poor [nevertheless] subscribed to elite values” (Driaux, 2020, p. 13). In his case studies, Scott argues that “often the rebels made use of the egalitarian strains within the major religions of Islam, Buddhism, and Christianity to confront a social order in which all believers were decidedly not equal” (Scott, 1977a, p. 17).…”

Mudanças e permanências no mobiliário funerário em cemitérios de não-elite do Reino Novo e do Terceiro Período Intermediário: um estudo sobre o papel dos amuletos

“…Artigos mais contemporâneos têm se voltado para a não-elite, mas, ao fazer um panorama sobre como estudá-la ou estimular uma reflexão sobre a "pobreza" no Antigo Egito, a questão sobre a definição do termo "não-elite" não é proposta (e. g. Ambridge, 2007;Driaux, 2019). No caso de Lindsay Ambridge em seu artigo Searching History: The Non-Elite in Ancient Egypt (2007), a autora apenas faz um panorama sobre os estudos de grupos sociais subalternos através da história social e cultural utilizando a vila de Deir el-Medina como exemplo para apontar essas ideias no Reino Novo (Ambridge, 2007: 640).…”

“…Por outro lado, Delphine Driaux (2019) utiliza iconografias e textos produzidos pela elite em conjunto com vestígios arqueológicos para indicar uma abordagem preliminar sobre o estudo da pobreza no Antigo Egito. Contudo, seu trabalho apresenta algumas inconsistências.…”

“…Em relação à utilização de certos termos para a não-elite -como "pobres", presente em diversas literaturas (e. g. Taylor, 2001;Grajetzki, 2003;Teeter, 2011;Harrington, 2012;Moreno García, 2016;Driaux, 2019), Barry Kemp alerta para a preocupação de fazermos uso de designações modernas de classe com as quais estamos familiarizados para referir às sociedades antigas onde os sistemas econômicos eram diferentes daqueles do presente (Kemp, 2018: 294). Wolfram Grajetzki também atenta para a utilização de termos modernos, principalmente a definição de "classe", uma vez que "qualquer investigação de uma sociedade antiga está em perigo de reproduzir a visão particular de mundo do escritor moderno" (Grajetzki, 2010: 180).…”

“…A não-elite como um grupo social no Antigo Egito é raramente explorada, principalmente a partir de abordagens teóricas com o objetivo de entender qual era a posição e papel dessas pessoas na sociedade (e.g. Ambridge, 2007;Goulding, 2013;Driaux, 2019). Consequentemente, ideias e suposições a respeito dos costumes funerários da sociedade no Antigo Egito partem de uma concepção generalista e elitista, onde os costumes da elite, mais estudados por causa de suas tumbas decoradas e com uma quantidade grande de cultura material, servem como modelo para a interpretação de práticas de toda a sociedade.…”