Os tratores agrícolas que chegam ao Brasil vêm com o projeto construtivo da matriz no intuito minimizar custo, todavia essa economia traz um transtorno para os operadores agrícolas brasileiros já que os equipamentos são fabricados utilizando o perfil antropométrico de europeus e norte-americanos que difere bastante do perfil dentro do país. Como consequência de postos de trabalho não adequados aos operadores, existem problemas na manipulação de todos os comandos do trator, maior susceptibilidade dos operadores a sofrerem com tensões físicas e mentais, podendo aumentar os erros operacionais, ocasionando acidentes e desencadeando várias doenças ocupacionais. Assim, o objetivo deste trabalho foi avaliar o perfil antropométrico do operador de tratores agrícolas do município de Trairi, comparar com outros perfis e trabalhos antropométricos de operadores de máquinas e identificar o risco de cardiopatia devido a esforço desses operadores. O experimento foi realizado no município de Trairi-Ce, com 12 operadores de máquinas agrícolas. Para a obtenção do perfil antropométrico utilizou-se 21 medidas corporais. Foi utilizada a metodologia de curvas características operacionais para determinar a quantidade mínima de operadores, uso de percentis, 5, 50 e 95%, valores de mínimo, máximo, média, o desvio padrão, o coeficiente de variação e a amplitude. Os operadores de maquinas agrícolas de Trairi apresentaram uma estatura média de 1666 mm, valor este menor que a média nacional de 1730 mm e a mediana estadual de 1690 mm. Cerca de 50% dos operadores de máquinas do município de Trairi, estão acima do peso adequado à sua altura, sendo 17% com sobrepeso/pré-obesidade e 33% com obesidade grau I, com relação ao desenvolvimento de cardiopatias 75% dos operadores apresentaram risco alto (25%) a muito alto (42%). Palavras-chave: Antropometria. Ergonomia. Acidente de trabalho. Doenças ocupacionais.