2018
DOI: 10.33662/ctp.v8i04.9892
|View full text |Cite
|
Sign up to set email alerts
|

Tradição oral e memória dos povos de religiões afro-brasileiras: possibilidades de pesquisa em história

Abstract: Recebido:  07/05/2017 Aprovado:  20/10/2017Publicado: 10/12/2017Este artigo tem como objetivo compreender as expressões da oralidade das comunidades de religiões afro-brasileiras, enquanto fontes históricas. Entende-se como narrativas orais, transmissão de saberes, que se constituem a partir das experiências das populações de origem africana dispersas pelo Brasil, traduzidas principalmente em contos, rezas, gestos, dança e música. Como elemento-chave na constituição de uma tradição oral afro-brasileira, essas … Show more

Help me understand this report

Search citation statements

Order By: Relevance

Paper Sections

Select...
1

Citation Types

0
0
0

Year Published

2023
2023
2023
2023

Publication Types

Select...
2

Relationship

0
2

Authors

Journals

citations
Cited by 2 publications
(2 citation statements)
references
References 0 publications
0
0
0
Order By: Relevance
“…Em relação a essa última ocorrência citada acima, os testemunhos associados às narrativas de tradição, transformados ou não em texto, são percebidos em seus potenciais como ações-força de reconhecimento existencial e de resistência ancestral. Considero que esta significação é a que mais se aproxima da produção da presente pesquisa, estabelecendo diálogo com Lisandra Barbosa Macedo Pinheiro (2017), que discorre sobre as oralidades enquanto práticas narrativas culturais dos povos da diáspora africana -não apenas constituídas por falas, como também por gestos, sonoridades e expressões corporais -e, por este motivo, presentes nas religiões de matrizes africanas no Brasil.…”
Section: Primeiro Prólogo: Testemunhos Enquanto Práticas Narrativas E...unclassified
“…Em relação a essa última ocorrência citada acima, os testemunhos associados às narrativas de tradição, transformados ou não em texto, são percebidos em seus potenciais como ações-força de reconhecimento existencial e de resistência ancestral. Considero que esta significação é a que mais se aproxima da produção da presente pesquisa, estabelecendo diálogo com Lisandra Barbosa Macedo Pinheiro (2017), que discorre sobre as oralidades enquanto práticas narrativas culturais dos povos da diáspora africana -não apenas constituídas por falas, como também por gestos, sonoridades e expressões corporais -e, por este motivo, presentes nas religiões de matrizes africanas no Brasil.…”
Section: Primeiro Prólogo: Testemunhos Enquanto Práticas Narrativas E...unclassified
“…p. 29) "cria uma atmosfera de concentração e determinação, nos habilitando a mergulhar em um profundo transe".Além disso, a palavra que sai das nossas bocas (durante as rezas, as cantigas, as consultas oraculares) também merece destaque, pois a oralidade é o que dá vida e base aos Candomblés, uma vez que "os seres humanos se projetam na fala (são o que dizem), construindo nela suas crenças, saberes e práticas de terreiro"(ADAD, 2018, p. 31). A esse respeito,Leite (1996, p. 106) conclui que "a palavra falada é dotada de origem divina, sua condição vital garante o estatuto do poder criador como um todo, transmitindo vitalidade e desvendando interdependências", sendo dado a ela, então, o status de dinâmica, articulada, transformadora e mantenedora da tradição viva de terreiro(PINHEIRO, 2017).A exemplo de algumas das nossas atribuições corpóreas enquanto candomblecistas, respeitando-se o tempo de iniciado e a senioridade de cada um, eu diria que atuamos "[n]uma palavra pra poder passar pra pessoa [...]" (excerto 5, linhas 39-40), "no ebó, no banho de ervas [...]" (excerto 5, linha 48), etc. Essa visão de Mãe Simone, fruto de nossas interações, projeta no movimento do corpo um potencial de acolhimento, no sentido de trabalharmos para"ver o bem do próximo [...]" (excerto 5, linha 70) com nossas práticas comunitárias de terreiro.…”
unclassified