Introdução: A Estenose Aórtica é a lesão valvar mais comumente encontrada em países desenvolvidos. A progressiva piora funcional do ventrículo esquerdo caracteriza a evolução da patologia. Um terço dos pacientes têm alto risco para a troca valvar cirúrgica convencional, e nesse cenário, a troca valvar aórtica transcateter surge como uma alternativa menos invasiva e com margem para evolução e aprimoramento nos próximos anos. Métodos: Serão pesquisadas publicações realizadas nas bases de dados PubMed, Medline, em Língua inglesa e Língua portuguesa entre 2002 e 2020. Desenvolvimento: A partir do primeiro caso relatado do procedimento, deu-se o início do aperfeiçoamento do dispositivo, com calibres de acesso e sistemas de entrega cada vez menores, implicando em redução das taxas de mortalidade em um ano e de desfechos neurológicos. O aumento de experiência dos intervencionistas proporciona com que cada vez mais estas taxas se reduzam, viabilizando a escolha da abordagem como método terapêutico preferencial em pacientes com EAo, independentemente do risco cirúrgico. Conclusão: Os aperfeiçoamentos do dispositivo possibilitaram que a TAVI, fosse a proposta terapêutica de escolha em pacientes com alto e intermediário risco cirúrgico. Entretanto, os avanços tecnológicos do dispositivo guiam para uma abordagem ainda menos invasiva, dada a recente introdução da técnica no cenário internacional. Contudo, a maioria dos estudos utiliza pacientes com expectativa de vida reduzida, acarretando a necessidade de evidências mais sólidas acerca dos efeitos do dispositivo a longo prazo.