O presente estudo tenciona analisar o sistema metafísico de João Duns Scotus. O Doutor Sutil elabora a sua teoria em torno da metafísica entendida como scientia transcendens, isto é, a metafísica é definida por ele como uma ciência transcendente. O autor procura, em suma, a afirmação de que o conceito de ente enquanto ente, como noção mais pura possível do intelecto humano, é transcendente porque está além de toda a categorização, possuindo apenas uma distinção mínima denominada modal, qual seja, o ente enquanto ente pode ter uma intensidade existencial como infinito e finito. Assim, pois, com a presente análise, é possível constituir uma introdução ao pensamento de Scotus nas temáticas das distinções modal e formal-real, abrangendo notas gerais sobre a univocidade do ente e a repercussão do scotismo no pensamento moderno e contemporâneo.