RESUMO: Objetivo: Avaliar a validade e a confiabilidade da escala Johns Hopkins Fall Risk Assessment Tool (JH-FRAT) para avaliação do risco de quedas em pacientes hospitalizados. Método: Estudo retroativo com 297 pacientes de um hospital privado de São Paulo usando dados de 2014. A validade foi avaliada por meio da acurácia (sensibilidade, especificidade, valores preditivos positivo - VPP e negativo - VPN), da validade de critério, verificando-se as associações entre a classificação do risco pelas escalas JH-FRAT e Morse, e da análise discriminante (comparação dos pacientes com e sem quedas em relação aos itens da escala e verificação de situações prévias de risco em relação ao dano ocorrido). Foram utilizados os testes de associação χ2. A confiabilidade foi avaliada por meio da reprodutibilidade teste-reteste interobservadores, usando as estatísticas Kappa ponderado quadrático e prevalence-adjusted and bias-adjusted Kappa (PABAK). Resultados: A sensibilidade foi de 97,0%, a especificidade, 14,6%, o VPP, 36,2%, e o VPN, 90,6%. A análise de critério mostrou associação (p < 0,0001) entre as avaliações pelas duas escalas. Cinco dos oito itens da escala e a classificação geral mostraram capacidade de discriminação do risco (p < 0,050). A reprodutibilidade interobservadores variou entre itens (PABAK de 0,25 a 1,00) e foi substancial na classificação do risco global (PABAK = 0,71). Conclusão: A JH-FRAT apresentou validade e confiabilidade esperadas para um instrumento de triagem do risco de quedas, podendo contribuir na aplicação de estratégias para a gestão de quedas em hospitais.