“…Refletindo sobre a formação sob este ponto de vista -o do aprendiz -observamos que a prática do atendimento clínico envolve elementos díspares, uma vez que a especificidade do objeto de estudo da psicanálise, o sujeito do inconsciente, confere uma formação não restrita ao campo da epistemologia envolvendo, igualmente, um posicionamento ético, conforme apontam diversos autores (Abdalla et al, 2008;Cury & Ferreira Neto, 2014;Silva et al, 2017). Deste modo, na prática, a vivência do atendimento representa a especificidade de um encontro clínico com o paciente da ordem do inconsciente e sua manifestação nesta relação intersubjetiva, tão peculiar e sutil, permite a criação de um espaço no qual surgirão fenômenos inconscientes e conscientes da dupla analítica, a serem considerados e trabalhados no núcleo terapêutico (Santos Filho, 2007;Kernberg, 2011;Parth, Datz, Seidman & Löffler-Stastka, 2017).…”