A exposição Una linea de polvo, arte y drogas en América Latina fez dialogarem o campo das artes plásticas e visuais, e o fenômeno do narcotráfico. Segundo o curador Santiago Rueda, a ideia era entender “as dimensões de um problema global”, fazendo expandir a ideia de “narcotráfico” para uma compreensão maior da questão como um “problema narco”, marcado por uma forte presença da cultura midiática. As obras expostas implodiam as distâncias entre mídia e arte, gerando um deslocamento do lugar da crítica de arte tradicional ao ter que lidar com questões que englobam um campo irrestrito de proposições que passam pela economia, medicina, direito e política internacional no âmbito da estética, ética e cultura. Dessa forma, a crítica de arte se constrói na interface com outros domínios para dar conta desse tipo de produção contemporânea, privilegiando o campo midiático.