Transição para os cuidados paliativos

Abstract

Introdução: a relação interpessoal profissional-cliente se torna primordial na transição para os cuidados paliativos para que juntos possam melhorar a comunicação nesse momento e alinhar o cuidado aos desejos do cliente. Objetivo: analisar como o cliente oncológico avalia a comunicação na transição para os cuidados paliativos; identificar suas necessidades e preferências acerca dessa comunicação relacionadas ao seu prognóstico, tomada de decisão e participação familiar; e apresentar proposta de ações facilitadoras para comunicação na transição para os cuidados paliativos, a partir das necessidades e preferências mencionadas pelo cliente. Método: pesquisa convergente assistencial realizada em um hospital federal do Rio de Janeiro, com 15 clientes oncológicos. Utilizou-se a entrevista semiestruturada seguida de discussão dialogada com cada participante. Aplicada análise temática. Resultados: na avaliação dos participantes, o acolhimento, a forma atenciosa, a informação da verdade e a linguagem simples e acessível foram elementos essenciais para construir uma relação de confiança e comunicação esclarecedora sobre o momento vivido. Ainda assim, os clientes ansiavam por mais informações sobre seu tratamento e prognóstico. Apesar de a maioria referir a preferência pela verdade, participação familiar e participação ativa no tratamento, outros demonstraram a preferência pelo não saber para não sofrer, a não participação familiar e a passividade na participação do tratamento. Conclusão: será a partir da priorização das ações de escuta ativa, do acolhimento, respeito à autonomia e utilização de linguagem clara e acessível que o profissional criará vínculo necessário e obterá mais êxito em realizar uma comunicação centrada nas necessidades e preferências do cliente oncológico.

A assistência de enfermagem frente ao paciente oncológico: uma revisão integrativa

“…Refere-se a uma prática indispensável frente à degradação da patologia, especialmente na passagem para a assistência paliativa, pois concede ao paciente dividir seus receios, aflições e incertezas, facilitando na solução de embates, oferecendo o domínio pertinente de manifestações sintomáticas, além de favorecer a percepção das verdadeiras demandas do paciente. (Silva et al, 2020).…”

“…Nessas circunstâncias que aparece à assistência paliativa, os quais são apresentados aos indivíduos que experienciam uma patologia grave que prejudique a vida e, baseado no reconhecimento, análise e terapêutica da dor e outras manifestações físicas, psicológicas, sociais e religiosas, com finalidade de proporcionar melhor condição de vida ao cliente, a partir essencialmente de um bom diálogo, através do qual nos possibilita identificar e entender as suas demandas. (Silva et al, 2020).…”

“…Nessa fase de transição dos cuidados curativos para os paliativos, comunicar o avanço da doença e a impossibilidade de cura ainda tem sido uma das tarefas mais difíceis, se não a mais penosa para o profissional de saúde, devido à possibilidade de suscitar sentimentos diversos ao cliente, como medo do sofrimento, da dor física e da solidão, contribuindo para um sofrimento biopsicossocial. (Silva et al, 2020).…”

Cuidados ao paciente com câncer: desafios e condutas da enfermagem

“…Ainda sobre os cuidados de enfermagem, Silva et al (2020) trazem que a priorização das ações de escuta, acolhimento e respeito a autonomia e utilização de linguagem clara e acessível, será o vínculo primordial que o profissional criará com o paciente, através disso obterá mais êxito em realizar uma comunicação centrada as necessidades do paciente em tratamento oncológico. Andrade, et al, (2013), ressaltam a importância do cuidar centrado ao paciente e sua totalidade e não apenas na doença.…”

Intervenções de enfermagem ao paciente oncológico em cuidados paliativos

“…Sendo assim, observa-se que a comunicação apresenta-se necessário nas relações humanas, considerado também uma forma de humanização do cuidado, no qual o profissional Brazilian Journal of Health Review, Curitiba, v. 6, n. 2, p.5169-5181, mar./apr., 2023 deve efetuar para realizar um bom acolhimento e atendimento das necessidades de cada paciente (SILVA et al, 2020).…”