Transtornos mentais comuns e adaptação ao ensino remoto em acadêmicos de saúde na pandemia COVID-19

Abstract

A pandemia da doença de coronavírus (COVID-19) ocasionou a obrigatoriedade de virtualização da ação das instituições de ensino superior, o que ocasionou a instauração do ensino remoto. Em decorrência deste cenário atípico, as repentinas alterações exigiram adaptação imediata e compulsória por parte dos estudantes universitários, podendo predispor os futuros profissionais da área da saúde ao adoecimento mental. O presente artigo objetivou avaliar a prevalência de transtornos mentais comuns em acadêmicos da área da saúde e os indicadores de adaptação ao ensino remoto durante a pandemia da COVID-19. Como parte do método, realizou-se uma pesquisa transversal, com caráter exploratório e descritivo, com 211 acadêmicos (X ̅ = 24,4±6,8 anos) da área de saúde. Os achados revelam que os estudantes de Psicologia (45,9%) e Medicina (15,8%) apresentaram maiores níveis de transtornos mentais comuns em comparativo com os alunos das outras áreas, sendo ainda significativamente maior no sexo feminino (78,1%). Os resultados demostram que é necessário implementar projetos e ações voltadas para promoção de saúde mental nesses acadêmicos.

Desafios Na Saúde Mental De Estudantes Universitários Nos Últimos Anos Da Graduação: Uma Revisão Integrativa

“…De maneira geral, os estudos mostraram que uma grande parcela de estudantes universitários da área da saúde apresentou algum tipo de transtorno mental como, ansiedade e depressão. Entre os principais fatores que contribuíram para esse adoecimento mental destaca-se a falta de apoio emocional e ausência de políticas acadêmicas voltadas à saúde mental, sobrecarga física e psicológica, e situações específicas que acompanham essa fase da vida, como problemas de cunho financeiro (Pedro, 2017;Lima et al, 2019;Silva et al, 2019;Oliveira et al, 2020;Gomes et al, 2020;Preto et al, 2020;Sousa et al, 2020;Pereira et al, 2022;Schuch et al, 2023).…”