O objetivo é analisar a prevalência de fatores de risco à saúde do trabalhador rural exposto ao agrotóxico. Trata-se de estudo transversal, observacional, que ocorreu no período de março a agosto de 2019 e cuja amostra foi constituída de 60 trabalhadores rurais do município de Casimiro de Abreu, no estado do Rio de Janeiro. Identificou-se, que o trabalhador rural tinha um tempo de contato com agrotóxicos de 30,1 anos, e 54,3% dos participantes relataram apresentar algum sintoma de intoxicação (cefaleia, dispneia, prurido pelo corpo, náusea e sinusite). O glifosato é o agrotóxico mais utilizado no município e a maioria dos trabalhadores entrevistados não utiliza Equipamento de Proteção Individual adequado durante a manipulação dos agroquímicos. Evidenciou-se a necessidade de mecanismos alternativos para as práticas de cultivo no agronegócio, e de cuidado com a saúde do trabalhador exposto ao uso de agrotóxicos por meio da adoção de medidas educativas e preventivas. Recomenda-se aos órgãos públicos a implantação de programas específicos para o trabalhador rural, na perspectiva única de permanecer no ranking do agronegócio, porém com práticas de promover a saúde integral desta população rural vulnerável em sua totalidade.