Esta pesquisa teve como objetivo avaliar a presença de enterobactérias em sistemas de tratamento aeróbio de resíduos sólidos orgânicos domiciliares. O trabalho foi realizado em cinco etapas: contato com as famílias que praticam a coleta seletiva; estruturação e montagem da área experimental; desenvolvimento e adaptação de tecnologia para tratamento biológico aeróbio de resíduos sólidos orgânicos; coleta dos resíduos sólidos orgânicos nas residências e tratamentos dos resíduos sólidos orgânicos. Foram adotados dois modelos de tecnologia de tratamento: composteira de alumínio retangular (CAR) e composteira de polietileno cilíndrica (CPC). Durante o tratamento foi verificada a presença constante do grupo das bactérias Gram-negativas pertencente à família Enterobacteriaceae que persistiram até os últimos estágios da compostagem. O que representa alta capacidade de adaptação a diferentes condições do ambiente. Foram identificados nove gêneros e quinze espécies: Citrobacter (25,9 %), Enterobacter (14,1%) Escherichia (11,7%), Klebsiella (5,9%), Morganella (1,2%) Proteus (35,4%), Providencia (1,2%), Serratia (2,3%), Salmonella (2,3%). Observou-se que as maiores taxas de crescimento das enterobactérias ocorreram na fase mesofílica. As variações na densidade e diversidade das enterobactérias seguiram em conformidade com as mudanças das características físicas e químicas do substrato ao longo da compostagem. Portanto, de acordo com os dados coletados, há diversidade de enterobactérias nas diferentes fases do tratamento aeróbio de resíduos sólidos orgânicos domiciliares, correlacionando-se com as mudanças físicas e químicas do substrato.