RESUMO A taxa de sobrevivência de mudas de castanha (Bertholletia excelsa Bonpl.) pode ser fortemente ameaçada pela predação de roedores silvestres. O objetivo deste trabalho foi avaliar a predação de mudas de castanha por roedores em área de pastagem abandonados durante um intenso processo de restauração florestal sob diferentes tratamentos silviculturais. Foram realizados três tipos de tratamentos diferentes: tratamento 1 (T1)-tratamento silvicultural físico; tratamento 2 (T2)-tratamentos silviculturais físico e químico; tratamento 3 (T3)tratamentos silviculturais físico e químico com proteção de mudas (garrafa pet) como barreira física contra a predação de roedores. Foi quantificado o número de plantas danificadas e predadas por roedores, e por outros fatores. Os resultados dos tratamentos foram comparados com base nos testes de normalidade e t de Student a 1%. Encontramos diferenças significativas entre os tratamentos. A mortalidade causada por roedores no Tratamento 1 foi de 27,5% e para outros fatores foi de 25,1%. Não encontramos predação por roedores no Tratamento 2 e 3, e a mortalidade causada por outros fatores foi de 4,2% e 14,1%, respectivamente. Constatamos que a alta taxa de predação no Tratamento 1 está diretamente associada ao crescimento de gramíneas forrageiras por falta de tratamento químico, que proporcionam um ambiente seguro para os roedores, oferecendo menor risco para que os roedores em relação aos seus predadores. A conclusão é que na restauração de áreas de pastagens abandonadas, o controle da forrageira pré-existente nos anos iniciais deve ser feito por capina química (herbicida), embora com custo mais elevado, para evitar o ataque de roedores, a competição das mudas com o capim e, principalmente, o custo final da restauração. PALAVRAS-CHAVE: restauração produtiva, pastagem abandonada, herbicida, castanheira do brasil, predação por roedores, custo da restauração, Amazônia.