Tratando o câncer de mama em tempos de COVID-19: uma revisão integrativa

Abstract

Objetivo: Descrever os achados mais relevantes da literatura sobre o tratamento de câncer de mama em tempos de pandemia da COVID-19. Metodologia: Trata-se de uma revisão integrativa sobre a forma como estava sendo fornecido o tratamento para o câncer de mama em tempos de pandemia, realizada entre outubro e novembro de 2021, nas seguintes bases de dados: Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde (LILACS), PEDRo, Scopus (Elsevier Science), Medical Literature Analysis and Retrieval System Online (MEDLINE/PubMed) e Scientific Eletronic Library Online (SciELO). Resultados: Foram analisadas 19 publicações que discorreram sobre as formas de acompanhamento das pacientes com câncer de mama durante a pandemia, suas limitações e impactos causados. Os principais resultados encontrados apontam o uso de teleatendimentos, aumento no número de cancelamentos de exames e consultas, além de queda na prática de atividade física e o afloramento de emoções que podem gerar patologias psicológicas no cenário da COVID-19. Considerações finais: Os estudos encontrados revelam a fragilidade dos sistemas de saúde e a falta de políticas públicas de saúde voltadas para mulheres em tratamento para o câncer de mama, em tempos de emergências de saúde pública. Esse fato impacta negativamente a qualidade de vida e o prognóstico dessas pacientes.

Relevant studies focused on health sciences

“…In addition, lack of clarification about cancer warning signs and the perpetuation of myths about the disease are factors that can result in delayed diagnosis (Migowski, 2018). The challenge is not only the utilization of health services, but the utilization in an appropriate manner for adequate care for the different needs of each case ( de Souza Marçal et al, 2022).…”

Percepções de mulheres com câncer de mama acerca dos tratamentos

“…A imagem corporal é uma síntese das experiências emocionais e está relacionada com a subjetividade e história do indivíduo, sendo singular a cada um. É a imagem de um corpo embebido em significados, forjado pelas experiências cotidianas e percebido no seu contexto vivido [4][5][6][7][8][9][10][11][12][13][14][15][16][17][18][19][20] . As modificações corporais geradas pelo tratamento ficam mais evidenciadas quando no relacionamento com outras pessoas.…”

“…Muitos programas de triagem e tratamento foram adiados pelo receio de exposição ao vírus, uma vez que os pacientes oncológicos integram um grupo de risco. Alguns estudos apontam que a pausa nos serviços oncológicos desencadeou sentimentos de vulnerabilidade e sintomas ansiosos e depressivos [17][18][19][20][21][22][23][24] . Para Gonçalves et al 25 , a demora no agendamento de consultas e exames e a dificuldade para obter seus resultados foram considerados como barreiras à acessibilidade.…”