Introdução: pacientes acometidos por traumatismo craniofacial podem evoluir com sequelas variadas. Objetivo: identificar a prevalência de sequelas neurológicas ocorridas entre os pacientes com traumatismo craniofacial em um serviço de referência para o trauma no sul do Brasil. Sujeitos e método: foram analisados 1.385 prontuários, em que 169 (12%) pacientes foram selecionados com trauma em crânio e face simultaneamente, levando em consideração o agente etiológico, a procedência, a idade, o sexo do paciente e a localização das fraturas. Resultados: uma taxa de 85% dos indivíduos era do sexo masculino, com faixa etária entre 31-40 anos. Os fatores etiológicos mais prevalentes foram acidentes de trânsito (36%), quedas (22%) e violência interpessoal (21%). No grupo selecionado, o traumatismo cranioencefálico esteve presente em 89% dos casos; em 64% da população, não houve sequela neurológica; 28% apresentaram algum tipo de sequela; e em 8% dos prontuários não havia informações completas. Conclusão: na população estudada, mesmo com um subgrupo específico de traumatizados, houve prevalência de gênero masculino, terceira década de vida e acidente automobilístico. Além disso, a região anatômica mais acometida foi o conjunto de ossos do terço médio da face, e, ainda nesta condição de associação, o traumatismo cranioencefálico esteve presente na maioria dos casos, porém, somente 28% dos casos evoluíram com alguma sequela neurológica.