Introdução: As balas de borracha são consideradas “armas não-letais”, porém, quando atingem região facial podem deixar sequelas graves ou até causar morte. Tais projéteis podem alcançar a região facial, causando destruições ósseas, danos neurológicos e vasculares, bem como, favorecer o desenvolvimento de infecções. O presente estudo tem objetivo de relatar um caso de um paciente do sexo masculino, 32 anos, acometido por um projétil compatível com bala de borracha no momento de uma dispersão policial. Relato de caso: O paciente compareceu ao serviço de emergência apresentando ptose palpebral, equimose e edema periorbitário de ambos os olhos, sendo evidenciado no olho esquerdo e ferimento corto-contuso no canto medial da órbita. Na tomografia computadorizada pré-operatória, observou-se: corpo estranho alojado na base do crânio – dentro do seio esfenoidal. O paciente foi submetido a centro cirúrgico sob anestesia geral para remoção do projétil e uso de I-PRF para fechamento de provável fistula liquórica. Discussão: As lesões penetrantes ocasionadas por bala de borracha na face devem ser tratadas por uma equipe multidisciplinar em associação com exames complementares como a tomografia computadorizada para diagnosticar e definir o melhor tratamento. Conclusão: O paciente evolui com 03 (três) meses de acompanhamento pós-operatório, sem sinais de infecção ou evidencia de fístula liquórica.