A mandíbula é um dos ossos da face mais acometidos nos casos de trauma maxilofacial e os projéteis por arma de fogo encontram-se dentre os agentes etiológicos mais comuns. Seu tratamento é desafiador no âmbito da Cirurgia Bucomaxilofacial tendo em vista a alta vascularização da cabeça e do pescoço e o grau de cominuição óssea que essas fraturas podem apresentar. Sendo assim, o objetivo deste trabalho é relatar um caso clínico sobre o manejo cirúrgico de fratura mandibular cominutiva, bilateral, provocada por projétil de arma de fogo (PAF). Paciente do sexo feminino, 33 anos de idade, vítima de ferimento por PAF, compareceu ao Hospital Geral do Estado da Bahia cursando com fraturas cominutivas em região de ângulo mandibular bilateral; ramo e corpo mandibular direito. A paciente foi submetida à cirurgia sob anestesia geral como forma de tratamento e os cotos ósseos fraturados foram fixados com miniplacas do sistema 2.0 mm e placas de reconstrução do sistema 2.4 mm. Além disso, elásticos foram instalados para guia de oclusão. O tratamento das fraturas mandibulares por PAF podem variar de conservador à grandes reconstruções. A escolha da conduta ideal é bastante controversa, mas normalmente é baseada na experiência do cirurgião e, principalmente, na complexidade da fratura, a qual será diagnosticada a partir de um exame clínico bem detalhado, associado a exames de imagem. O tratamento cirúrgico precoce desse tipo de trauma permite um baixo índice de complicações e sobretudo o retorno antecipado do paciente às atividades diárias.