Treinamento resistido modula TNF-α e melhora força muscular de pessoas vivendo com HIV e em tratamento de Terapia Antirretroviral de Alta Atividade

Abstract

O estudo tem como objetivo avaliar a contribuição do treinamento resistido em marcadores de estresse oxidativo e força de pessoas vivendo com HIV. Trata-se de um ensaio clínico não randomizado, com delineamento de série temporal descontinua, e amostragem por voluntários pertencentes ao Programa de Atenção Municipal às DST/HIV/AIDS (PAMDHA) com tratamento de Terapia Antirretroviral de Alta Atividade. Foram realizadas avaliações de composição corporal, aptidão física, dano oxidativo e enzimas antioxidantes. Nas variáveis antropométricas entre homens foi encontrada diferenças entre os grupos nos valores de circunferência abdominal (pré = 93,95 ± 8,21; pós = 92,25 ± 7,46) e percentual de gordura (pré = 88,5 ± 6,35; pós = 18,57 ± 7,74). Os níveis de força indicaram melhora em ambos os grupos (p < 0,05). As análises de grupamentos Carbonila, da atividade da enzima antioxidante Catalase, Superóxido Dismutase (SOD), substâncias reativas ao ácido tiobarbitúrico - Thiobarbituric acid reactive substances (TBARS) e os níveis de TNF-α no soro de indivíduos HIV+, não apresentaram diferenças significativas (p < 0,05). Os resultados demonstraram que o treinamento resistido de intensidade moderada pode ser utilizado como agente terapêutico adjunto ao uso da TARV para a manutenção e melhora da saúde de pessoas com HIV.

Resistance training as a treatment for chagasic patients: an integrative review

“…Curiosamente, embora o exercício possa acarretar um aumento transitório em certos marcadores inflamatórios, como a IL-6, seu efeito crônico leva a uma redução geral na inflamação sistêmica. Isso é particularmente evidente na diminuição dos níveis de PCR e TNF-α, marcadores que são críticos na indicação da inflamação crônica (BITENCOURT et al, 2021).…”

“…Portanto, ao observar a relação entre a doença de Chagas e o treinamento resistido, fica claro que o exercício físico regular pode desempenhar um papel fundamental na melhoria da qualidade de vida dos indivíduos afetados. Além disso, essa interação destaca a importância da abordagem holística na medicina, onde estratégias de tratamento e prevenção devem considerar todos os aspectos do bem-estar do paciente, incluindo a atividade física (BITENCOURT et al, 2021).…”

“…O foco central deste estudo é explorar a hipótese de que o treinamento resistido pode influenciar positivamente os marcadores inflamatórios em pacientes chagásicos, contribuindo para a redução do processo inflamatório associado à infecção pelo Trypanosoma cruzi (BITENCOURT et al, 2021).…”

“…Este estudo, ao analisar ratos obesos, demonstrou como o treinamento resistido pode reduzir a inflamação no músculo esquelético e melhorar a sensibilidade à insulina, oferecendo opiniões valiosas sobre a aplicabilidade desses achados em contextos humanos, especialmente em condições metabólicas alteradas como a obesidade.Além disso, a pesquisade Bitencourt et al (2021) fornece evidências adicionais do impacto benéfico do treinamento resistido. Este estudo destacou como o treinamento resistido pode modular a produção de TNF-α, um marcador inflamatório chave, e melhorar a força muscular em indivíduos vivendo com HIV, uma população frequentemente afetada por inflamação crônica e perda de massa muscular devido à infecção e ao tratamento antirretroviral.Esses estudos são cruciais para compreender a extensão onde o treinamento resistido pode ser utilizado como uma ferramenta terapêutica para modulação da inflamação.Eles demonstram que, além dos benefícios tradicionalmente associados à musculação, como aumento da força e da massa muscular, o treinamento resistido tem o potencial de influenciar positivamente os marcadores inflamatórios, oferecendo benefícios em doenças crônicas e condições de saúde que envolvem inflamação sistêmica.Portanto, a integração do treinamento resistido em programas de tratamento e manejo de doenças crônicas surge como uma abordagem promissora, capaz de melhorar a qualidade de vida e os resultados de saúde de pacientes, conforme demonstrado nos estudos de Panveloski-Costa et al (2011) eBitencourt et al (2021). Estas pesquisas fornecem uma base científica sólida para a implementação de exercícios de resistência como parte de um plano de cuidados holístico em diversas condições de saúde.1.6 COMPARAÇÃO ENTRE MARCADORES INFLAMATÓRIOS NA DOENÇA DE CHAGAS E APÓS TREINAMENTO RESISTIDO O estudo de Pontes (2018) oferece uma visão valiosa sobre como o treinamento resistido pode afetar o sistema imunológico e os marcadores inflamatórios.…”