RESUMO:A disponibilidade hídrica nas regiões semiáridas é restritiva e muitas vezes a única fonte de água disponível contém altas concentrações de sais. Como alternativa a hidroponia permite o uso de água salobra para diversas hortaliças, entretanto, a salinidade pode ocasionar redução da taxa fotossintética devido à redução da condutância estomática, limitando a disponibilidade de CO2. Diante disso, foi conduzido um experimento em ambiente protegido no Departamento de Engenharia Agrícola da Universidade Federal Rural de Pernambuco, objetivando-se avaliar os efeitos da salinidade sobre as trocas gasosas na couveflor cv. Piracicaba Precoce em sistema hidropônico NFT (Nutrient Film Technique), utilizando-se águas salobras para o preparo da solução nutritiva (0,2; 1,5; 2,5; 3,5; 4,5 e 5,5 dS m -1 ), e duas vazões de aplicação desta solução (1,5 e 2,5 L min -1 ), sendo essas águas obtidas pela adição de NaCl a água de abastecimento local (0,2 dS m -1 ), e a reposição da lâmina evapotranspirada realizada com a água salobra do respectivo tratamento. O delineamento experimental utilizado foi o inteiramente casualizado em esquema fatorial 6 x 2, com quatro repetições, totalizando 48 parcelas experimentais. A utilização da vazão de 1,5 L min -1 proporcionou reduções percentuais por incremento unitário da CEw da ordem de 9,32, 2,66, 10,34, 7,95% para a fotossíntese líquida, concentração interna de CO2, condutância estomática e transpiração, respectivamente. Para a vazão de 2,5 L min -1 as reduções percentuais para as mesmas variáveis foram de 13,67, 6,70, 16,44, 12,04%, respectivamente. As maiores eficiências instantâneas e intrínsecas do uso da água foram verificadas mediante a utilização da vazão de 2,5 L min -1 . O aumento da salinidade proporcionou aumento na temperatura da folha da ordem de 0,75% por incremento unitário da CEw.
PALAVRAS-CHAVE:Brassica olerácea L., hidroponia, salinidade.