O Turismo de Base Comunitária (TBC), que se pratica no Brasil, embora reconhecido como uma importante estratégia de desenvolvimento local apresenta problemas. A sua composição básica assemelha-se à do cluster de empresas. O conhecimento sobre formas de organizações como clusters poderia servir ao estudo e análise de TBC, contribuir para a solução dos seus problemas e favorecer o seu desenvolvimento no território brasileiro. O modelo de cluster de Porter (1998) talvez sirva à análise de projetos de TBC, afinal envolve variáveis comuns a ambas as formas de organização, como localização geográfica, cooperação e compartilhamento de recursos. Este artigo tem como objetivo estudar de que forma a abordagem da análise de cluster poderia contribuir para o TBC em Florianópolis, Santa Catarina. Para tanto, realiza-se uma breve revisão da literatura sobre a temática e sua discussão com base em Porter, de dois Projetos de TBC existentes neste município. Da análise depreende-se que, a formação de parcerias com agências de turismo, a estruturação da governança endógena, a participação de entidades públicas além das já envolvidas nos Projetos e a formação dos comunitários para o empreendedorismo são as principais necessidades identificadas. A cultura local individualista é, por outro lado, o maior desafio a superar.