Objetivos: Descrever as características sociodemográficas e a prevalência de exposição à violência após o início do trabalho na segurança pública autorrelatada por policiais militares do município de Fortaleza, Ceará. Métodos: Estudo transversal e descritivo, ocorrido entre agosto/2019 e março/2020, em cinco batalhões da Polícia Militar do Ceará, no município de Fortaleza, com uma amostra de 240 policiais militares. Para coleta de dados, foi utilizado um questionário eletrônico autoaplicável. A análise foi através do software SPSS®. Resultados: A amostra foi composta de homens (95%) jovens (53,8%) e casados (67,5%), e que fazem escala extra para complementar a renda (51,7%). A maioria afirma ter sofrido ou conhece outro policial que foi vítima de violência (85,8%). A violência autorrelatada mais prevalente foi por arma de fogo (61,3%), entretanto, a violência psicológica (45,4%), moral (40,4%) e física (16,6%) também foram relatadas. Conclusão: Os policiais militares são predominantemente masculinos e jovens e fazem escala extra. Dessa forma, o risco de exposição à violência é potencializado. A série de indivíduos que compõem a amostra autorrelatou que vivenciou situações variadas de violência. Evidencia-se como exercer a profissão no Brasil pode ser perigoso e deletério.