Um, dois, três – gravando: as campanhas audiovisuais do Ministério da Saúde sobre dengue, chikungunya e Zika de 2014 a 2017

Abstract

Análise qualitativa de conteúdo que visa compreender a utilização de campanhas audiovisuais para prevenção da dengue, Zika e chikungunya na perspectiva das comunicações pública, de risco e em saúde. Examinados 30 filmes produzidos pelo Ministério da Saúde disponibilizados no Youtube, destaca-se que acompanharam o surgimento das arboviroses, mas deixaram lacunas quanto às informações, repetiram problemas da inadequação dos contextos sociais e mantiveram-se focados no ‘combate ao aedes’. O apelo dos vídeos passou a sensacionalista ao abordar dores e perdas das pessoas. Perpetuou, ainda de que forma velada, a visão hegemônica centrada no médico. O ministério não interagiu com usuários, demonstrando que utiliza o Youtube como simples repositório de suas produções. Campanhas são estratégicas para a comunicação em situação de risco, mas não devem ser prioridade do Ministério da Saúde, demandando um trabalho integrado e participativo às comunicações públicas, dos riscos e em saúde.

Vigilância ambiental em saúde: veiculação das ações de prevenção e promoção da saúde

“…Inicialmente, o rádio foi o meio mais empregado, porém, a televisão tornou-se a principal fonte de informação pela reprodução de imagens e áudios de forma instantânea e, posteriormente como entretenimento da população. Assim, as campanhas tornaram-se a principal estratégia de publicidade e propaganda com esse recurso (Albarado, 2019).…”

“…Nesse conjunto, surge o termo comunicação em saúde, preceito que refere "[...] a processos dialógicos e à utilização de estratégias comunicacionais que respeitam os direitos à informação, à educação e à saúde. Sua finalidade inclui a prevenção de enfermidades, o incentivo à cidadania por meio da participação social, a transparência na gestão da saúde, bem como a promoção da melhoria da qualidade de vida das pessoas em seus diferentes contextos sociais, por meio de relações interpessoais, da mídia e do conhecimento (Albarado, 2019).…”

Controle do Aedes: criação, recepção e percepções de campanhas audiovisuais em saúde pública em diferentes comunidades do Brasil

“…Based on authors dedicated to the methodology and the topic used in this study, the result of a Master's Degree research, health communication can be defined as a field of studies that refers to dialogical processes and the use of communication strategies, which must respect the rights to information, education and health. Its purposes includes the prevention of diseases, the encouragement to citizenship through social participation, transparency in management, as well as the promotion of quality of life improvement of people in different social contexts, through interpersonal relationships, the media and knowledge 7 .…”

“…The in-depth interview was the technique used to collect information from the key informant of the Ministry of Health Communication Department coordination. The interview was requested via the institutional email -available on the Ministry of Health website -after the analysis of prevention campaigns against arbovirus diseases and observation of gaps identified in a previous study 7 , gaps that could only be clarified by those responsible for creating the campaign pieces. From the aforementioned analysis, the script was also created with guiding questions for conducting the interview, which lasted two hours.…”

Knowledge and actions for the control of the vector Aedes aegypti in a municipality in the Legal Amazon

“…Preventive measures for vector control are carried out according to the guidelines of the National Dengue Control Program (NCPD) launched in 2002 by the Brazilian Ministry of Health 8 , and several technologies have been developed as complementary strategies in an attempt to reduce mosquito infestation and the incidence of arbovirus infections, such as innovations in biological and genetic modification of mosquito vectors and replacement of interventions to promote resistance to viral infections, targeting different Aedes aegypti stages 9 . Among these strategies are information campaigns and health education activities, whose content have focused on the similarity between the symptoms of dengue, Zika and chikungunya, and the fight against Aedes aegypti 10 , often leading to the understanding that preventing the disease means adopting behaviors to avoid contact with the mosquito 11 . However, a fragmentation of actions has been perceived with an emphasis on seasonal periods, requiring a reflection on the implementation of permanent educational actions that would permeate integral strategies, appropriate to the social realities and that could foster a collective construction of popular knowledge.…”