Este artigo avalia, empiricamente, os efeitos das despesas públicas sobre as taxas de homicídios da população jovem brasileira. O estudo realiza uma abordagem com dados em painel em três modelos, pooled, efeito fixo e efeito aleatório, por unidades da federação brasileira no período 2002-2014. Discute-se, utilizando outras variáveis explicativas, o impacto das despesas em assistência e previdência sobre a taxa de homicídio juvenil na faixa etária dos 15 aos 29 anos de idade. Com base nos três diferentes modelos em painel, os resultados atestam a hipótese de que aumentos nessas despesas produzem reduções nas taxas de homicídio dessa população. As variáveis que representam a pobreza, a escolaridade, o desemprego, a despesa com justiça e cidadania, o consumo de energia elétrica e a renda média, também, são estatisticamente significantes no estudo e, no geral, confirmam os sinais esperados.