O artigo traz discussões e propõe uma análise crítica sobre as relações de gênero presentes e divisão do trabalho presentes na carreira matemática, ilustrando assim uma realidade de desigualdade, na qual questões históricas embasadas pelo patriarcado, sociais, culturais, familiares e de estereótipos de gênero, com seus discursos organizacionais tendenciosos no que se refere ao gênero, influenciam nas escolhas acadêmicas e profissionais das mulheres, consequentemente, esse forte viés sexista, que permeia a ciência, resultou ser a matemática como uma área de estudos que têm um menor número de mulheres inseridas e, também é vista tradicionalmente como uma atividade para homens, além disso, outros componentes problemáticos à igualdade de gêneros são os chamados teto de vidro e labirinto de cristal, sem perder de vista os vários mitos, que foram se moldando ao longo dos anos acerca da relação mulher versus matemática. São, portanto inúmeros os indícios de mecanismos sutis geradores de barreiras para as mulheres, logo dificultando a sua progressão acadêmica e, não por acaso, é um dos temas de discussão e denúncia sobre exclusão do feminino no contexto científico, nas pautas feministas. Trata-se de uma revisão bibliográfica e documental de estudos realizados sobre a temática. Espera-se contribuir para um melhor entendimento acerca das modulações da inserção feminina no campo de estudo e ensino da matemática.