Ao meu orientador, Prol. Dr. Hermes Renato Hildebrand, por acreditar desde o começo nas possibilidades do projeto, pelo cuidado nas orientações e correções. Agradeço ainda por seu companheirismo, o que fez com que ao longo desses anos ganhasse também um amigo.A minha esposa Cláudia, pela dedicação ao acompanhar esse trabalho, por estar sempre perto nas horas de produção e por iluminar meu caminho pelos meandros da subjetividade.A minha irmã Adriana e meu cunhado Douglas, pela recepção à cidade de Campinas e seu apoio no desenvolvimento deste trabalho.A meus pais, Nelson e Maura, por torcerem junto pela conclusão de mais essa conquista de minha vida.Aos professores que colaboraram com sugestões significativas sobre os temas abordados.Aos meus alunos que presenciaram essa trajetória, tornando-a mais leve e iluminada.E, finalmente, aos amigos, pelo acompanhamento constante e por entenderem as ausências necessárias desse período.VIl "Quem somos nós, quem é cada um de nós senão uma combinatória de experiências, de informações, de leituras, de imaginações? Cada vida é uma enciclopédia, uma biblioteca, um inventário de objetos, uma amostragem de estilos, onde tudo pode ser continuamente remexido e reordenado de todas as maneiras possíveis".
Ítalo Calvino
lX
RESUMONo início, eram apenas textos que poderiam ser inseridos facilmente na internet através de uma ferramenta de publicação pessoal simples de ser manuseada, o blog. Com a popularização de câmeras digitais de foto e vídeo, independentes ou acopladas a celulares, além de outros aparelhos digitais, as imagens e o som aliaram-se ao texto e construíram um espaço complexo de conteúdos criado pelos usuários. Eles começaram a utilizar diversas ferramentas (blogs, fotologs, sites de redes sociais, etc.) para criar conteúdos variados, incluindo textos e imagens sobre si mesmos. Neste trabalho, observa-se que existe um processo de construção de subjetividades particular que é dado por meio deste contato existente com as ferramentas de publicação pessoal. São subjetividades construídas em um ambiente mais aberto para a sua manifestação? Em que medida se diferenciam das produzidas em outras esferas da sociedade? Para responder a essas perguntas, a análise parte do entendimento do conceito de subjetividade, introduzindo-o a partir das idéias de teóricos como Gilles Deleuze e Félix Guattari. Posteriormente, observa-se a literatura transgressora do século XIX e XX no que se refere às práticas de subjetivação dadas por meio dessa produção. Contextualizando o mesmo tema à internet, faz-se, finalmente, uma reflexão sobre o ciberespaço a partir de exemplos que mostram a manifestação de subjetividades e as múltiplas possibilidades oferecidas pelas ferramentas analisadas. Como resultado, observa-se que o ambiente estudado constitui um espaço mais aberto a práticas de subjetivação diversas, por ser construído à margem do controle central de produção midiática.