“…Diferentemente dessas abordagens, buscamos evidenciar o papel de primeira importância que as relações de discurso exercem na negociação de imagens identitárias (faces), entendendo que a compreensão pelos interlocutores de quem são uns para os outros se dá, em grande medida, no processo mesmo de estabelecer as relações de discurso (CUNHA, 2020a(CUNHA, , 2020b. Assim, desenvolvendo pesquisas que vimos realizando nos últimos anos sobre o papel das relações de discurso na interação (CUNHA, 2015(CUNHA, , 2017a(CUNHA, , 2017b(CUNHA, , 2019a(CUNHA, , 2019b(CUNHA, , 2021BRAGA, 2018;PICININ, 2018;TOMAZI, 2019;BRITO, 2019;OLIVEIRA, no prelo), procuramos evidenciar que as relações de discurso desempenham papel importante não só como recursos coesivos que permitem a produção de um enunciado compreensível, como tradicionalmente revelado por estudos do campo da Linguística textual (ADAM, 2008;MARCUSCHI, 2008), por exemplo, mas também como recursos que permitem aos interlocutores gerirem as faces e os territórios em jogo.…”