Este artigo tem por objetivo analisar as críticas que se faz no contexto brasileiro de que a fenomenologia da religião é essencialista e seria espécie de criptoteologia. Essa análise será conduzida a partir da confrontação dessas críticas com as considerações metodológicas de autores que se identificam com a fenomenologia, especialmente os de tradição holandesa. Para tratar dessas temáticas, o artigo se concentra em dois temas. Em primeiro lugar, para abordar a temática do essencialismo, trata da relação entre história e sistema, buscando mostrar até onde ela pode ser considerada como forma de essencialismo. Em segundo lugar, para abordar a temática da criptoteologia, o artigo busca mostrar como esses autores buscam diferenciar fenomenologia e teologia. A intenção final do artigo não é estabelecer uma defesa da fenomenologia, mas indicar a necessidade de um debate mais aprofundando dessas questões no contexto brasileiro, uma vez que essas temáticas se mostram muito mais complexas do que, muitas vezes, as críticas pressupõem.