Introdução: A obesidade é uma doença endêmica, sendo um grave problema de saúde pública. É fator de risco para diversas afecções, aumentando a morbimortalidade da população. Os tratamentos para obesidade devem objetivar bem-estar e saúde, bem como impedir a sua progressão e agravos de outras comorbidades. Dentre as abordagens de tratamento não cirúrgico, há a opção de colocação de um balão intragástrico através de endoscopia digestiva alta, capaz de induzir a perda de peso por promover uma sensação de saciedade precoce. Objetivo: Analisar os casos de implantação do balão intragástrico em hospital terciário em Maceió (AL) entre os anos de 2010 e 2020. Metodologia: Tratase de um estudo observacional analítico transversal, de caráter quantitativo, realizado no Hospital Memorial Arthur Ramos (HMAR) em Maceió-AL. Participaram do estudo todos os pacientes submetidos a implantação do BIG no período de janeiro de 2010 a outubro de 2020, totalizando 108 pacientes. Resultados: Foi analisado que o peso e IMC pósimplantação são estatisticamente menores do que pré-implantação (p < 0,001). A média de perda de peso, com o uso do BIG, foi de 15,1 ± 6,3 kg, e a média do percentual de peso perdido, foram de 16,1 ± 6,6% do peso corporal. Na pré-implantação do BIG, 100 pacientes estavam classificados como "obesos" pelo IMC, e 8 com "excesso de peso". Após a retirada do dispositivo, observou-se que apenas 44 participantes ainda estavam classificados como "obesos", e houve uma redução significativa do IMC, de tal forma que 14 participantes entraram na classificação de normalidade, quanto ao IMC. Ademais, 62,0% dos pacientes não tiveram quaisquer intercorrências, ao longo do tempo de uso do BIG. Conclusão: Conclui-se que a implantação do BIG proporciona redução significativa de peso corporal e IMC dos pacientes a ele submetidos. Seu uso surge como uma excelente opção terapêutica, sendo um grande aliado ao tratamento para melhora da qualidade de vida.