IntroduçãoNos sistemas de atendimento médico emergencial em rodovias brasileiras, a rapidez no atendimento a um chamado é uma das principais medidas de desempenho, dado que o atraso no tempo de resposta pode significar a diferença entre a vida e morte das vítimas envolvidas. A perda de chamadas e o atraso no tempo de resposta estão diretamente relacionados ao conflito entre as variáveis aleatórias da demanda por serviço e as restrições de capacidade do sistema. Dado que, devido a restrições de orçamento, os SAEs não podem ser planejados de forma a trabalhar com um número muito grande de servidores, há claramente um importante trade-off a ser considerado entre a qualidade de atendimento e os custos de investimento e operação nestes sistemas. Ao se analisarem sistemas de atendimento emergencial (SAEs), os fatores probabilís-ticos relacionados à distribuição temporal e espacial dos servidores e chamadas devem ser considerados, dado que a operação destes sistemas é caracterizada por incertezas com relação à localização e tempo necessário para atender a um determinado chamado. Apesar disso, a maioria dos estudos na literatura de problemas de localização de instalações considera apenas a aleatoriedade relacionada à disponibilidade dos servidores. Swersey (1994), Owen e Daskin (1998), Chiyoshi et al. (2000) e Brotcorne et al. (2003) revisam os principais modelos de localização para analisar os sistemas de atendimento emergencial desenvolvidos nas últimas décadas.O modelo hipercubo (Larson, 1974;1975; Larson e Odoni, 1981), baseado nos resultados de teoria de filas espacialmente distribuídas e aproximações Markovianas, é um dos métodos mais efetivos para analisar os sistemas emergenciais. A idéia básica é expandir o espaço de estados de modelos de filas simples com múltiplos servidores (p.e., modelos M/M/N ou M/G/N, em que N é o