“…Deste modo, para tratar do ouro, além da abordagem de acordo com a definição técnica e atual, de elemento químico como um conjunto de átomos que possuem o mesmo número atômico, no caso do ouro 79, também é interessante deixarmos momentaneamente de lado essa definição, e abordamos outras dimensões desse conceito. Por exemplo, as reflexões apresentadas por estudiosos da área de Filosofia da Química, que possibilitam encontrar ao menos duas concepções para o ouro: uma metafísica, que considera elemento como matéria prima que dá suporte às propriedades; e, por outro lado, a concepção como substância simples, a qual pode ser isolada e assumir diferentes formas de acordo com o modo que os átomos se organizam, como o caso do elemento carbono, que pode se apresentar nas formas alotrópicas de grafite e diamante Bejarano;Zambon, 2013;Scerri, 2005;. Todas essas concepções podem ser relacionadas com os Estudos do Imaginário, principalmente as concepções metafísica e alquímica, como a crença de que os metais seriam formados pela união de mercúrio, enxofre e sal, sendo que o mercúrio e o enxofre alquímicos não seriam as substâncias mercúrio e enxofre comuns, de acordo com Porto (1997), teriam apenas semelhança com as substâncias com as quais compartilham o mesmo nome.…”