UNASUL: a dimensão política do novo regionalismo sul-americano

Abstract

Na primeira década do século XXI, a ascensão de forças progressistas possibilitou a adoção de políticas externas mais autônomas pelos países da América do Sul. A hegemonia neoliberal e os modelos homogêneos de integração dos anos 1990 foram sucedidos por tipos heterogêneos de regionalismo. Entre as novas organizações, a Unasul constitui um fórum de coordenação política que envolve a cooperação em diferentes áreas. Trata-se da vertente política do novo regionalismo sul-americano. Em seu interior, convivem governos com distintos signos ideológicos, que participam de diferentes mecanismos integrativos. A Unasul representa o coroamento de um processo de afirmação de uma identidade sul-americana possível contra a histórica pulverização da região. O novo organismo pode converter-se em um mínimo denominador comum regional. Além disso, a Unasul projeta geopoliticamente a América do Sul e contribui para a construção de um novo polo no sistema internacional.Palavras-chave: Unasul. Política externa brasileira. Regionalismo. Relações internacionais. América do Sul.

The Relation Among Regional Organisations, the Consolidation of Democracy and Citizen Security: The Cases of SICA and UNASUR

“…The second related to the construction of peace in the region (Barzaga and Regueiro 2012). Nery (2016) explained that the first meeting in the year 2000 accounted for the first time the region engaged to discuss important issues to it that related to drug trafficking, economy, security, trade, identity and integration. Among those, the thematic of drugs, violence and democracy were presented.…”

“…The phase 1 of Table 3 refers to the convergences in a context in which there was an increase of violence, a common threat to the rule of law, hence representing a shared common understanding by the countries to advance in terms of the regional institutions. It is important to emphasize that the convergence mentioned above among all South American countries was facilitated in UNASUR due to the common leftist ideology of the government elected in that period (Nery 2016). In Central America, the convergence was enabled through the support from the European Union and the possibility of a bi-regional negotiation with this bloc (Forti Neto 2019).…”

“…The signature of the bloc as it came up was the creation of a South American regional organization without the presence of the United States (Mellado 2013). The OAS also had a diminished role in the region, since the UNASUR became a room for negotiation and discussion among the South American countries (Nery 2016). Nery (2016) states that the United States wanted to hinder the union among the countries of the region, given that if Brazil, Argentina and Chile were aligned, these could have more gains in terms of diplomatic power.…”

“…Thus, the UNASUR, and the meeting that originated it, achieved something new in the region: the dialogue among South American presidents. Nery (2016) points out that South America had never signed a document binding that many countries from the region. The focus of the UNASUR was to create a common identity to start the dialogues.…”

O papel do Chavismo e do Lulismo na integração regional latino-americana

“…(Tratado Constitutivo da União de Nações Sul-Americanas). 51 Justifica-se a importância de uma organização que contemple as nações multiétnicas prezando em construir uma identidade, um espaço regional e um fortalecimento sul-americano, 50 Através da criação destes conselhos é possível observar a evidência do processo de integração que busca contemplar os povos do Sul de forma ampla e completa, abarcando todas as esferas (NERY, 2016). Embora tenham existido outras organizações internacionais que visam a integração latina, como o MERCOSUL, a UNASUL corresponde a um contexto histórico e social diferente, destoando das organizações anteriores que se preocuparam especificamente com as questões econômicas.…”