Unidade Demonstrativa de confinamento Compost Barn em pequena propriedade de atividade leiteira, no município de Douradina-MS

Abstract

Atualmente existem diversos tipos de sistema de criação para bovinos, como o pasto em semiconfinamento e confinamento. O sistema de confinamento é muito utilizado no Brasil na produção de leite, trazendo bem-estar aos animais, resultando em maior produtividade. Com isso, produtores rurais vêm optando pelo sistema Compost Barn (celeiro de compostagem). Objetivou-se com este trabalho apresentar os resultados obtidos com uma ação de extensão universitária com base no confinamento Compost Barn, desenvolvido por professores e alunos da Universidade Federal da Grande Dourados (UFGD). A atividade foi realizada no sítio Nossa Senhora do Abadia, localizado no município de Douradina – MS, que tem como principal atividade a produção de leite. A parceria para a ação ocorreu ao se implantar um sistema Compost Barn com capacidade para 30 vacas, em um barracão coberto, tendo uma área de descanso com palha de arroz, maravalha ou serragem para os animais, sendo separado por um corredor dos cochos e bebedouros. Inicialmente, foi realizada a pesagem do leite de cada vaca sendo, então, incorporada no confinamento as que apresentaram maior produção e as não diagnosticadas com mastite. Foi fornecida alimentação de silagem misturada com concentrado nos períodos da manhã e tarde. Os bezerros foram separados de suas mães no primeiro dia e receberam leite por meio de mamadeira. Os resultados da ação de extensão demonstraram que a implantação do Compost Barn possibilitou aumento da produtividade, sendo que: as vacas passaram a produzir mais leite, a incidência de carrapatos diminuiu e não ocorria disputa pelo alimento, já que havia disponibilidade de maior de área de cocho e alimento em abundância. A ocorrência de casos de mastite foi menor, além da proteção contra o excesso de chuva e sol, evitando problemas com laminite. O conforto animal também gerou aumento na produção de leite, além de possibilitar o controle da produção, do consumo e do ambiente, beneficiando, assim, o produtor rural. A ação também trouxe benéficos para a formação extensionista dos discentes, aprimorando seus conhecimentos com a vivência prática. Propiciou, ainda, avaliar um modelo de produção a ser a implantado em outras localidades, como no grupo quilombola e de assentados que, devido à pandemia, não puderam visitar a unidade, mas puderam assistir ao vídeo gravado e editado. Os resultados deste trabalho fomentaram a realização de cursos junto a outros grupos assistidos com ações de extensão, sendo divulgado em reuniões com pequenos produtores, assentados e quilombolas, multiplicando o alcance da ação.