Universidade empreendedora: a ótica dos empresários sobre o posicionamento empreendedor da universidade na contribuição para o desenvolvimento regional

Abstract

A interação universidade-empresa está elencada como uma ferramenta propulsora do desenvolvimento tecnológico de um país. A empresa concentra suas atividades produtivas na economia e a universidade possui seu pilar na pesquisa e no conhecimento. Com estes importantes atores concentrando ações em conjunto, o desenvolvimento regional possui chances de atingir índices importantes de desenvolvimento para uma nação. Dessa forma, esta pesquisa buscou identificar a opinião de empresários sobre a importância do posicionamento empreendedor da universidade para o desenvolvimento de uma região. Para tanto, foi realizado um estudo multicaso com empresários, que possuem envolvimento com diferentes universidades. Foi empregada uma pesquisa exploratória de natureza qualitativa, cuja a técnica para a coleta de dados foi a aplicação de um questionário estruturado com perguntas abertas para três empresas indicadas pelos núcleos, em cada uma das três regiões de atendimento do PEPI: Região da Produção, Serra e Metropolitana do Estado do Rio Grande do Sul. Verificou-se que o empresariado anseia que as Universidades estejam presentes no contexto na qual estão inseridas e que a interação é dependente da visão e da necessidade de cada empresa.

Analysis of the entrepreneurial characteristics of three public universities in Minas Gerais – Brazil

“…The incubators are recognized by students as the second most important action in supporting university entrepreneurship (SERVI-ÇO DE APOIO ÀS MICRO E PEQUENAS COMPRESAS DE MINAS GERAIS -SEBRAE, 2016), and represent an important mechanism to foster entrepreneurship that emerges from the academy (ETZKO-WITZ, 2013); SANTOS; FILHO, 2014; SILVA; BAÊTA; OLIVEIRA, 2016), enhancing, by the external public, the image of HEI (CHAIS; MACHADO, 2015;FERREIRA et al, 2012). The incubated companies may be housed by Technology Parks, which, like the incubators, are considered one of the symbol structures of universities that interact with government and industry (ETZKOWITZ; ZHOU, 2017; FIGLIOLI; PORTO, 2011;RICE et al, 2014.).…”

“…However, in Brazil, despite the recognition that universities are prominent in knowledge creation (CHAIS; MACHADO, 2015), there still seems to be little integration with other organizations in the market, making it difficult to disseminate knowledge and generate innovations. The lack of cooperation between universities and entrepreneurs represents precisely the main problem of the national entrepreneurial ecosystem (INÁCIO JÚNIOR et al, 2016), which occupies the 74th position in the field of university-enterprise collaboration and society (WORLD ECONOMIC FORUM -WEF, 2019).…”

Ecossistema Empreendedor: Análise Do Papel Da Universidade No Fomento a Negócios De Base Tecnológica

“…As incubadoras, na esfera de práticas co-curriclares (Tornatzky & Rideout, 2014), são tidas pelos estudantes como segunda ação mais importante no apoio do empreendedorismo universitário (SEBRAE, 2016), priorizam empresas e empreendimentos de base tecnológica e são consideradas comuns às Universidades Empreendedoras (Etkowitz, 2003;Ferreira, Soria & Closs, 2012;Aranha & Garcia, 2013;Chais & Machado, 2015;Zarate-Hoyos & Larios-Meoño, 2015). No Brasil, universidades que perseguem o objetivo de se constituírem em universidade empreendedora ampliando suas práticas de educação e estimulando a geração de organizações tecnológicas por meio das incubadoras, são bem vistas por empresários e pela sociedade (Ferreira et al, 2012;Chais & Machado, 2015).…”

“…Segundo Tortatzky e Rideout (2014), uma das tarefas de maior complexidade da Universidade Empreendedora será organizar, internamente, as pessoas certas para a geração e disseminação do conhecimento produzido pela instituição. Usualmente, essa disseminação ocorre em escritórios de transferência de tecnologia, que em maior ou menor grau, prospectam, recebem, ofertam e negociam as tecnologias disponíveis na universidade (Ferreira et al, 2012;Aranha & Garcia, 2013;Chais & Machado, 2015;Ortega, 2016). Após a criação de grupos de pesquisa e de um escritório de integração, responsável por gerenciar os contatos da instituição e a formalização dos processos, o escritório de transferência de tecnologia identificará, consolidará a patente e irá gerar as licenças obrigatórias para a comercialização.…”

Relações Universidade-Empresa E Inovação Em Um Conselho Empresarial

“…O desenvolvimento regional resulta da influência e dos esforços de elementos exógenos e endógenos articulados sinergicamente para resolução de demandas da região, destacando-se a participação social e o fortalecimento das instituições (CHAIS et al, 2015). Oliveira e Lima (2003) ressaltam a capacidade dos atores sociais (empresas, universidades e governo) envolvidos em trabalhar políticas públicas, institucionais e sociais, balizadoras do desenvolvimento e crescimento regional.…”