Garantir estudantes entusiasmados pela ciência e pela pesquisa científica requer iniciativas que envolvam os estudantes em experiências científicas interessantes e motivadoras. Hoje os estudantes podem investigar fenômenos científicos, usando diversas ferramentas, técnicas, modelos e teorias da ciência, a partir de laboratórios físicos que suportam interações com o mundo material, ou em laboratórios virtuais que se utilizam simulações. Mas será que é possível unir as duas coisas? Isto é, unir o aspecto físico com o virtual de tal forma que haja comunicação do componente físico com o seu respectivo componente virtual e vice-versa? É possível que essa interação entre os componentes físicos e os componentes virtuais possa ser, de alguma forma, útil para o ensino-aprendizagem? Advogamos que é possível fazer ambos, ou seja, a investigação física, a investigação virtual e, além disso, oferecer recomendações para a combinação dos dois. Entretanto, há diversos desafios que ainda precisam ser superados. Alinhado com os sistemas físico-cibernéticos (cyber-physical systems), que integram sistemas computacionais com objetos do mundo físico, surgiu o conceito de objeto de aprendizagem físico-virtual, que é qualquer tipo de recurso, seja digital ou não, que integre aspectos físicos e virtuais no mesmo recurso, que possua o intuito de auxiliar o processo de ensino-aprendizagem, e que possa ser reutilizado em diferentes contextos. Sistemas de recomendação são ferramentas automatizadas que usam algoritmos de filtragem para coletar dados e informações, a fim de realizar recomendações inteligentes, isto é, as mais relevantes, baseada no perfil, gostos e preferências de seus clientes. O foco desse projeto está em plataformas educacionais que usem tecnologia a partir de ambientes físico-cibernéticos, de tal forma que objetos de aprendizagem físico-virtuais possam ser integrados no ensino e que seja avaliado a sua eficácia e que possa ser gerado recomendações para os alunos.