Uso de metodologias ativas na promoção do autocuidado e adesão terapêutica com usuários de um centro de atenção psicossocial

Abstract

Os transtornos mentais possuem etiologia diversa, sendo caracterizados pelas manifestações clínicas que cada indivíduo irá expressar. Em âmbito mundial, eles têm grande impacto no cenário da saúde, estima-se que 12% da carga mundial de doenças está diretamente ligada a essas patologias. A partir do exposto, objetivou-se nesse estudo relatar uma vivência de acadêmicos de enfermagem ocorrida em um centro de atenção psicossocial na região metropolitana de Belém-PA, ocorrida através da implementação de ações lúdicas no local, que visaram o fomento à adesão e continuidade terapêutica. O presente estudo classifica-se como descritivo, com abordagem qualitativa, do tipo relato de experiência, no qual se busca compreender as relações desenvolvidas embasados nos diferentes contextos. Fundamentou-se na metodologia da problematização do Arco de Charles Maguerez. Como resultado demonstrou-se a indispensabilidade de se trabalhar com metodologias alternativas com os usuários, já que esse público, em sua maioria, não conta com o apoio familiar e em decorrência do abandono, acabam optando em viver nas rua, e por isso apresentam-se em situação de risco, bem como são mais suscetíveis a abandonarem o tratamento oferecido no CAPS AD. Diante disso, é de grande valia deixar explicitado o quanto ações de educação em saúde com interações menos formais com a utilização de metodologias ativas são importantes na contribuição do autocuidado dos usuários, tal como no aprendizado dos acadêmicos.

Estratégias para a participação de usuários no cuidado psicossocial e suas repercussões

“…Ações de enfrentamento no contexto da pandemia da COVID-19 foram traçadas, sendo uma delas, a manutenção do autocuidado, importante aliado na promoção da saúde mental, fortalecimento do usuário e enfrentamento de situações de vulnerabilidade e uma forma de se promover o autocuidado dos usuários de CAPS é a utilização de metodologias ativas como mediadoras dos processos de educação em saúde (Cunha et al, 2021). Nos CAPS o autocuidado promove a participação do usuário no cuidado por meio de ações rotineiras como: higienização das mãos, lavagem de suas roupas, organização, uso correto da máscara, capazes de melhorar o enfrentamento do usuário ao tratamento considerando a autopercepção e o cuidado com o ambiente e com ele mesmo.…”