Utilização de azoxistrobina no controle da antracnose da mangueira

Abstract

A antracnose da mangueira (Mangifera indica), causada pelo fungo Colletotrichum gloeosporioides, é um dos fatores limitantes à produção de frutos sadios e comercializáveis. Conhecendo a importância desta enfermidade para a cultura, avaliou-se a eficiência do fungicida azoxistrobina em diferentes doses, comparando-as com diferentes fungicidas já utilizados no controle da antracnose da mangueira. O ensaio constou de dez tratamentos com quatro repetições de três plantas da cv. Tommy Atkins. Os produtos utilizados foram azoxistrobina GrDa 500 g/kg (50; 75; 100 mg.l-1 i.a.) acrescido de nonilfenol etoxilado a 0,05%; azoxistrobina (75 mg.l-1 i.a.) acrescido de óleo mineral parafínico a 0,2 e 0,5%; clorotalonil PM 825 g/kg (1240 mg.l-1 i.a.); benomil PM 500g/kg (500 mg.l-1 i.a.); oxicloreto de cobre PM 588 g/kg (2350 mg.l-1 i.a.); clorotalonil/azoxistrobina (1240/75 mg.l-1 i.a.), alternando-se esses produtos a cada pulverização, e uma testemunha sem pulverizar. Foi realizado um total de seis aplicações com intervalos de 15 dias, sendo estas iniciadas no momento da floração plena da panícula. A avaliação dos frutos foi realizada 20 dias após a última pulverização, sendo coletados 25 frutos/planta. Os mesmos foram acondicionados em caixas de papelão e armazenados a temperatura ambiente durante 15 dias. A avaliação foi realizada com base na incidência e severidade de antracnose nos frutos. O teste não-paramétrico de Kruskal-Wallis indicou que não houve diferença significativa entre os tratamentos químicos, tendo estes diferido da testemunha. Entretanto, o tratamento azoxistrobina (75 mg.l-1) + óleo mineral parafínico a 0,5% foi o que apresentou a menor incidência de frutos com antracnose.

EFEITO DA TEMPERATURA E DE EMBALAGENS SOBRE A ANTRACNOSE EM FRUTOS DE MANGA cv. TOMMY ATKINS

“…Para se avaliar o efeito dos tratamentos foram analisadas as seguintes variáveis: incidência, determinada pela média da quantidade de frutos com sintomas da doença, ou seja, foi avaliada a presença ou ausência de antracnose nos frutos de manga; e a severidade, medida com auxílio da escala diagramática de notas desenvolvida por Sales Júnior et al (2004) para manga cv. Tommy Atkins.…”

Storage of ‘Espada’ mango fruits in modified atmosphere and cooling: effects on conservation

“…The results were expressed in°B rix. Anthracnose severity was assessed by the adaption of the graphic scale described by Sales Junior et al [12], assigning notes to the symptoms: 1 = no anthracnose spots on the fruits, 2 = less than 5.0% of the fruit area affected with anthracnose, 3 = 5.0% to 10.0% of the fruit area affected with anthracnose, 4 = 10.1% to 30.0% of the fruit area affected with anthracnose, and 5 = more than 30.1% of the fruit area affected with anthracnose.…”

Efeito do extrato da alga marinha <em>Ascophyllum nodosum</em> e do fosfito de potássio na morfofisiologia do fungo <em>Colletotrichum gloeosporioides</em>, na indução de resistência em mangas \'Tommy Atkins\' contra a antracnose e em características físicas e químicas desses frutos

“…Penz. & Sacc., uma das doenças mais importantes na redução da qualidade desses frutos (Chitarra, 1990;Ploetz, 1994;Barbosa et al, 2000;Sales Júnior et al, 2004). Todos os órgãos da planta são atacados pelo patógeno: flores, panículas, ramos, folhas e frutos (Ploetz, 1994), sendo este último, afetado em qualquer estágio de desenvolvimento.…”

“…A infecção caracteriza-se pela presença de manchas de coloração escura que, ao se coalescerem, aumentam de tamanho, tornando o fruto totalmente imprestável para a comercialização, principalmente, quando se trata de mercado internacional. A disseminação dos conídios do patógeno acontece pelo vendo e, especialmente, por respingos de chuva, estando a doença altamente correlacionada com a ocorrência de longos períodos de molhamento foliar (Sales Júnior et al, 2004). Segundo Barbosa et al (2000), períodos chuvosos e nublados, como também orvalhos intensos durante o período noturno, favorecem bastante o desenvolvimento do fungo.…”

“…Tradicionalmente, o controle químico tem sido aplicado no tratamento pós-colheita de frutos da mangueira com excelentes resultados. Dentre os produtos utilizados estão os cúpricos, à base de mancozebe e triazóis, tiofanato metílico a 0,05%, tebuconazole a 0,25% e o benomil a 0,03% , além da azoxistrobina (75 mL L -1 ) acrescida de 0,5% de óleo mineral parafínico (Sales Júnior, 2004). Contudo, há forte pressão por parte dos consumidores, elo final e de grande importância dessa cadeia agrícola, por uma produção que atente para a proteção ambiental e segurança alimentar, esta última, focada em alimentos cada vez mais livres de resíduos químicos.…”