Vacinação contra influenza em idosos: prevalência, fatores associados e motivos da não-adesão em Campinas, São Paulo, Brasil

Abstract

The objective of this study was to assess the prevalence of self-reported influenza vaccination in the elderly, identifying associated factors and reasons for noncompliance, using a cross-sectional population-based design with stratified two-stage cluster sampling in Campinas, São Paulo State, Brazil, in 2008 IntroduçãoOs benefícios da vacinação contra influenza entre idosos e portadores de condições crônicas têm sido evidenciados em vários estudos 1,2,3,4,5 , mas mesmo diante da recomendação formal para vacinação nestes grupos 5,6 , a adesão a esta prática preventiva tem se mostrado ainda insatisfatória em muitos países 3,7,8,9 . No Brasil, apesar da disponibilização gratuita da vacina pelo Ministério da Saúde desde 1999, a vacinação não tem atingido a cobertura adequada de 80% em vários municípios 6,10,11,12 , revelando que os fatores contextuais 10,11 e individuais determinantes da adesão à vacinação podem diferir segundo grupos específicos e locais de residência.Os fatores associados à vacinação identificados em alguns estudos 3,7,8,9,12,13 , têm revelado diferenças no perfil do idoso residente na comunidade quanto à referência da imunização, sugerindo a necessidade de avaliação de situações locais. A identificação dos motivos da não-adesão à vacinação contra gripe têm sido importante no intuito de nortear ações para reverter o quadro atual, aumentando as coberturas vacinais 13,14,15,16,17 .Considerando que a vacinação contra gripe foi incorporada às práticas de prevenção no Brasil há mais de dez anos, o presente estudo teve como objetivo estimar a cobertura vacinal contra gripe e analisar os fatores associados à vacinação em idosos residentes em Campinas, São Paulo, ARTIGO ARTICLE Francisco PMSB et al.

Factors associated with vaccination against Influenza A (H1N1) in the elderly

“…Study conducted among elderly people living in the municipality of southeastern Brazil observed greater acceptance of influenza vaccination among the oldest individuals (12) , differing from the present investigation, in which the younger elderly (60-65 years) had higher rates of vaccination. This result can be explained by the specificity of this age group, they are usually more active and has less limiting diseases (22) , which may interfere with spontaneous seeking for health services.…”

“…Similar findings were seen for seasonal influenza vaccine in a study performed with the elderly in Campinas (SP, Brazil), in which diabetes and hypertension were associated with vaccination (12) . Distinctively, a study conducted in Poland showed that chronic conditions have given cause for no adherence (23) .…”

“…Similar percentages were found among the elderly population of municipalities in the Southeast and South of Brazil where they adhered to the Influenza vaccine against another viral subtype (62.6% and 70.4%, respectively) (12)(13) . Study conducted in the international context, however, revealed predisposition about two times lower (26.3%) of the general population to get vaccinated (14)(15) .…”

“…Regarding education, illiteracy prevailed among the vaccinated elderly, as other Brazilian research that had greater adherence to the seasonal influenza vaccine in elderly individuals who had up to four years of education (12) . Spanish investigation also indicated that the intention to be vaccinated against Influenza A (H1N1) has been declining in relation to educational level (20) .…”

Fatores associados à adesão à vacinação anti-influenza em idosos não institucionalizados, São Paulo, Brasil

“…The city reached 70% coverage that year, decreasing in subsequent years (57.1% in 1999, 58. Several studies have shown a significant relationship between age, physical exercise, and comorbidities and influenza vaccine uptake 9,10,11,12,13,14 . However, given the variation in vaccination coverage between regions of Brazil, during each vaccination period studies on factors associated with vaccine uptake have become important tools for guiding interventions to expand coverage and improve protection for this population.…”