Vacinas no Brasil: Análise Histórica do Registro Sanitário e a disponibilização no Sistema de Saúde

Abstract

Com a pandemia da COVID-19 e a importância das políticas públicas de proteção social, questões sanitaristas incluindo as imunizações se tornaram destaque. O estudo tem o objetivo de analisar a dinâmica dos registros sanitários de vacinas no país e as vacinas disponibilizadas por meio do Programa Nacional de Imunização (PNI), com destaque para o calendário vacinal no período entre 2004 e 2018. Realizou-se um estudo descritivo, documental e exploratório dos processos de registro sanitário na Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e a incorporação dos produtos no PNI. Como base da pesquisa foram utilizados o banco de dados de registro sanitário disponibilizado pela Anvisa, a análise documental de publicações oficiais/normativas e dados da literatura. Os dados demonstram a incorporação das vacinas no PNI, assim como um país com potencial industrial para a produção das vacinas, no entanto ainda centrado na transferência de tecnologias, necessitando de investimentos e atenção pública no desenvolvimento de novas tecnologias, garantindo a independência do setor.

Primary healthcare protects vulnerable populations from inequity in COVID-19 vaccination: An ecological analysis of nationwide data from Brazil

“…The National Immunization Program (PNI) is part of the SUS and has been recognised as a model of vaccination campaigns and population adhesion. 9 , 10 Immunisation actions are included in prevention activities developed by the PHC, such as managing vaccination rooms and staffing, administering vaccine doses, and reporting and monitoring of adverse events. However, the COVID-19 vaccination campaign has posed new challenges.…”

Teoria do conhecimento em enfermagem no contexto da pandemia da Covid-19

“…Nota-se que certas declarações do governo eram previamente citadas em lives de pastores evangélicos ou viceversa, sugerindo uma clara sincronia de ambos os lados em difundir tais informações (GUERREIRO; ALMEIDA, 2021).O atual governo e seu séquito de apoiadores radicais, compostos por cristãos reacionários (evangélicos e católicos), abrem margem a consequências nefastas, já que se tem a ideia de que as consequências da exposição ao vírus estão atreladas à "vontade de Deus".Neste sentido, o negacionismo se apoia na crença de que não faria sentido a adoção de medidas de proteção e prevenção, como fechamentos ou lockdown, e de que todos são livres para usar máscaras ou não, vacinar-se ou não (SILVEIRA; COSTA, 2021).Não há dúvidas que, diante desse cenário, na tentativa de frear as altas taxas de contágio e letalidade, as vacinas adquiriram protagonismo. Entretanto, a descoberta de imunizantes seguros e eficazes em tempo recorde esbarra, não apenas na dificuldade de acesso diante da capacidade de produção insuficiente para atender a demanda mundial, mas também na politização, na recusa e hesitação decorrentes da desconfiança estimulada pela desinformação propagadas por essas lideranças(PERES et al, 2021; MASSARANI et al, 2021). uma estratégia antiga do movimento antivacina; utilizar sentimentos como medo e insegurança torna esse movimento uma séria ameaça à saúde pública, pois, aliado à desinformação, as mobilizações antivacina dificultam o combate à pandemia, resultando no que a OMS define de hesitação vacinal, que nada mais é do que atraso na aceitação das vacinas ou a sua recusa, mesmo elas estando disponíveis para uso (BEZERRA;MAGNO;MAIA, 2021; MASSARANI et al, 2021).A hesitação vacinal tem aumentado no decorrer dos anos em todo o mundo, tornandose quesito central para os programas de imunização, devido à ameaça global que denota a reversão do progresso feito no combate às doenças imunopreveníveis (THE LANCET CHILD ADOLESCENT HEALTH, 2019).…”