Validade e fidedignidade de uma escala para avaliar autoeficácia para a atividade física do idoso

Abstract

Este estudo teve como objetivo analisar a validade fatorial confirmatória e a fidedignidade de uma escala de medida da autoeficácia para atividade física em idosos. Participaram 118 idosos (78% mulheres), com idade entre 60 a 90 anos. Para avaliar a análise fatorial confirmatória utilizou-se o programa Mplus 6.1. A fidedignidade foi testada pela consistência interna e estabilidade temporal. A escala original foi composta por cinco itens com resposta dicotômica (não/sim), de maneira independente para caminhada e atividade física moderada e vigorosa. O item relacionado à confiança em realizar atividade física quando o mesmo está de férias foi excluído. Foram identificados dois construtos denominados "autoeficácia para caminhada" e "autoeficácia para atividade física moderada e vigorosa", com carga fatorial ≥ 0,50. Houve adequados valores de consistência interna, tanto para caminhada (> 0,70) quanto para atividade física moderada e vigorosa (> 0,80) e de estabilidade temporal para todos os itens. Conclui-se que a escala de autoeficácia para atividade física apresenta validade, consistência interna e fidedignidade adequada para avaliar esse construto em idosos brasileiros

Envelhecimento Cognitivo, Autoeficácia e Atividade Física: Uma Revisão Sistemática

“…Em relação a atuação da autoeficácia e da atividade física no funcionamento do idoso, verifica-se que os processos adaptativos de autorregulação e de autoeficácia se relacionam positivamente com o desempenho cognitivo e a atividade física. Desse modo, é possível verificar que a autoeficácia alta e o condicionamento físico atuam nas funções executivas, que estão relacionadas diretamente com estruturas corticais frontais, especificamente, relacionada aos processos executivos, como, por exemplo, habilidade de avaliação, construção de estratégias, análise e antecipação de resultados (Borges et al, 2015;Molina & Villanea, 2017). Portanto, a partir do momento que o idoso aumenta sua autoeficácia e pratica regularmente atividade física pode alterar a forma que percebe suas habilidades pessoais, podendo utilizar com mais eficácia seu potencial cognitivo para resolução de problemas no cotidiano.…”

“…Essas alterações particulares na crença de autoeficácia no processo de declínio cognitivo podem afetar consideravelmente as atividades que são realizadas no cotidiano, especialmente quando o sujeito descobre dificuldades para executar o comportamento, influenciando a quantidade de tempo aplicado para realização e a constância em manter a mesma (Borges et al, 2015). A autoeficácia é um determinante crítico de como os sujeitos ajustam o seu pensamento com sua ação, está relacionado diretamente com comportamentos positivos associados à saúde, por exemplo, e à atividade física (Bandura, Azzi, & Polydoro, 2008).…”

Autoeficácia de Idosos iniciantes em um Programa de Exercícios Físicos: comparação entre Permanecentes e Não Permanecentes

“…A AE foi avaliada por meio de uma escala de autoeficácia para atividade física, validada para idosos 15 , sendo que a escala original apresentou validade e consistência interna em adultos brasileiros demonstrando características psicométricas adequadas 16 . Essa escala avalia separadamente a AE para a caminhada e para atividades físicas moderadas e vigorosas (AFMV) e é composta por quatro itens com repostas dicotômicas ("não" versus "sim").…”

Levels of nicotine dependence in the elderly and cognitive impairment

“…Some factors are referred to as protective in aging, one of them is physical activity, which promotes an improvement in the quality of life. Studies have shown a correlation between physical activity practiced by the elderly and better performance in the executive functions (Scherder et al, 2005;Borges, Rech, Meurer, & Benedetti, 2015). Another factor is the nutritional state of the individual, which is also important to maintain their well-being.…”