O objetivo deste estudo foi comparar o nível de atividade física (AF) medido por acelerômetro e questionário IPAQ em idosos. A amostra foi composta por 103 idosos (acima de 60 anos), de ambos os sexos, cadastrados em Centros de Saúde da regional Norte e Leste de Florianópolis – SC, Brasil. O IPAQ (domínio lazer, versão longa) foi respondido com base em uma semana habitual. O acelerômetro (Actigraph, modelo GT3X e GT3X+) deveria ser usado durante sete dias consecutivos, sendo considerados como dados válidos, no mínimo, 10 horas de uso em, pelo menos, quatro dias (um de final de semana). Comparando a AF mensurada pelo IPAQ e pelo acelerômetro, não houve diferença estatisticamente significante na amostra geral, independente do sexo. Quanto à classificação geral em ativos e inativos, observou-se diferença estatisticamente significante quando confrontada a classificação a partir dos minutos em AF moderada/vigorosa dados pelo IPAQ e pelo acelerômetro (33% ativos vs. 48,5%, respectivamente, P = 0,009). Não foram identificadas diferenças na classificação obtida pelo IPAQ e pelo acelerômetro, quando a caminhada foi incluída (44,7% ativos vs. 48,5%, respectivamente, P = 0,618). Na estratificação por sexo, houve diferenças significantes quando a caminhada não foi incluída apenas nas mulheres. Desta forma, conclui-se que, em idosos, há concordância entre a atividade física medida pelo IPAQ e pelo acelerômetro. Em idosas, a caminhada reportada no IPAQ deve ser considerada no cálculo dos minutos despendidos em AF moderadas/vigorosas, se a mesma for percebida nestas intensidades.
Este estudo teve como objetivo analisar a validade fatorial confirmatória e a fidedignidade de uma escala de medida da autoeficácia para atividade física em idosos. Participaram 118 idosos (78% mulheres), com idade entre 60 a 90 anos. Para avaliar a análise fatorial confirmatória utilizou-se o programa Mplus 6.1. A fidedignidade foi testada pela consistência interna e estabilidade temporal. A escala original foi composta por cinco itens com resposta dicotômica (não/sim), de maneira independente para caminhada e atividade física moderada e vigorosa. O item relacionado à confiança em realizar atividade física quando o mesmo está de férias foi excluído. Foram identificados dois construtos denominados "autoeficácia para caminhada" e "autoeficácia para atividade física moderada e vigorosa", com carga fatorial ≥ 0,50. Houve adequados valores de consistência interna, tanto para caminhada (> 0,70) quanto para atividade física moderada e vigorosa (> 0,80) e de estabilidade temporal para todos os itens. Conclui-se que a escala de autoeficácia para atividade física apresenta validade, consistência interna e fidedignidade adequada para avaliar esse construto em idosos brasileiros
A inatividade física é um importante problema de saúde pública, sendo um dos principais fatores de risco para o desenvolvimento de doenças crônicas não transmissíveis. Visando contribuir para as discussões sobre inatividade física, o objetivo da presente comunicação foi descrever uma estratégia de mudança de comportamento voltada para a promoção da atividade física em idosos, por meio da distribuição de pedômetros. Participaram do programa de mudança de comportamento (VAMOS-Vida Ativa Melhorando a Saúde) idosos cadastrados nos Centros de Saúde de Florianópolis, SC. Observou-se, com base nos relatos registrados no decorrer dos encontros semanais, que o pedômetro, equipamento recebido pelos idosos, foi fator motivante e contribuiu para que os idosos aumentassem e/ou mantivessem o número de minutos gastos em atividades físicas moderadas. Vale destacar que o êxito desta estratégia só foi possível devido à relação informação/educação/ação. Sugere-se que essa estratégia de promoção da atividade física possa ser oportunizada a outros idosos de Florianópolis e que possa ser desenvolvida em outras cidades brasileiras.
O objetivo deste estudo foi analisar o efeito de dois programas de promoção da atividade física (AF) nos níveis da AF de idosos usuários das Unidades Básicas de Saúde em Florianópolis, Santa Catarina, Brasil. Participaram do estudo 50 idosos (68,30 ± 7,01 anos), randomizados em três grupos: a) mudança de comportamento (programa Vida Ativa Melhorando a Saúde – VAMOS); b) exercício físico; c) controle. Para avaliar a AF utilizou-se o acelerômetro (GT3x, Actigraph) no baseline, três (término dos programas), seis e 12 meses (follow-up). Verificou-se efeito isolado do momento para a AF leve e AF moderada/vigorosa, aos seis e três meses, respectivamente, para cada nível da AF. Foram identificados aumentos significativos nos minutos/dia despendidos em AF em relação ao baseline (p < 0,050), independente do grupo. Não foi identificado efeito isolado do grupo ou interação grupo vs. momento, o que indica que os grupos submetidos aos programas de AF não se diferiram entre si e do grupo controle ao longo do tempo. Não houve influência significante da assiduidade nos programas de intervenção de prática da AF (min/dia). Assim, conclui-se que os programas de promoção da AF avaliados não foram capazes de aumentar o tempo diário despendido em AF, sugerindo a necessidade de adaptações na forma de estruturação e implementação destes programas.
-The objectives of this study were to describe and determine the intensity of sessions of a physical exercise program (PEP) for older adults developed within the primary healthcare network of Florianópolis, and to compare the intensity of the sessions between groups using three cutoffs. Eight sessions involving 31 older adults divided into groups I and group II were analyzed. The total time spent during the sessions was considered. Intensity was measured with a triaxial accelerometer and classified according to three different cutoffs. Sociodemographic data, perceived health status, functional fitness, nutritional status and physical activity level at the beginning of the program were also evaluated. The majority of older adults was insufficiently active, was overweight, had low functional fitness, and reported that their health status did not impair physical activity. The mean time spent in moderate physical activity ranged from 1.4 and 16.3 min in group I and from 6.6 and 23.2 min in group II, with the difference being significant. The mean time spent in sedentary activities was 18.7 and 20.5 min for groups I and II, respectively. The findings suggest that the PEP sessions mainly consisted of light or sedentary activities and that the short time spent in more intense activities might be related to the characteristics of the group and to the teaching method adopted by the professionals. Key words: Accelerometer; Health promotion; Motor activity; Older adult; Physical exercise. Resumo -O presente estudo objetivou descrever e verificar a intensidade das aulas de um programa de exercício físico (PEF) para idosos, desenvolvido na rede de atenção primária à saúde de Florianópolis -SC; e comparar os grupos quanto à intensidade das aulas, segundo três pontos de corte. Foram analisadas oito aulas, as quais envolveram 31 idosos, divididos
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