Ao considerar a globalização uma aliada à expansão das estratégias das organizações na internacionalização de seus negócios, a expatriação de empregados surge como um recurso de gestão de pessoas e, assim, oportuniza benefícios para as empresas e para o crescimento profissional e pessoal dos indivíduos. Portanto, este artigo teve como objetivo analisar a contribuição da expatriação para os processos de aprendizagem organizacional. Desenvolveu-se, para tanto, um estudo de casos múltiplos, com a participação cinco de empresas exportadoras do Rio Grande do Sul. A coleta de dados deu-se através de entrevistas com empregados que já foram expatriados ou que ainda se encontram em processo de expatriação, observações e pesquisa documental. Como resultados, pode-se observar que a expatriação tende a desencadear processos de aprendizagem organizacional que se encontram embutidos nas atividades cotidianas do indivíduo. Identificou-se que os empregados aprenderam, a partir de suas experiências, a enfrentar um problema ou desafio, através da reflexão, interação e colaboração com colegas. Além disso, a partir da expatriação, o expatriado enxerga a sua própria cultura sob uma nova ótica, toma conhecimento de outras culturas organizacionais e identifica novas formas de lidar com pessoas.