Variação morfológica de Laguncularia racemosa (L.) C. F. Gaertn. (Combretaceae) em áreas de manguezal e de transição entre manguezal e floresta de restinga

Abstract

Respostas adaptativas à interação de fatores abióticos que atuam em diferentes escalas espaciais e temporais podem reletir na distribuição das espécies, em decorrência de sua interação com o ambiente. Este estudo teve por objetivo veriicar as diferenças na estrutura dos indivíduos entre populações de Laguncularia racemosa (L.) C. F. Gaertn. (Combretaceae) distribuídas em áreas de manguezal e de transição manguezal e restinga, utilizando características morfológicas foliares e arquitetura da planta. Foram analisadas varáveis ambientais, como nutrientes do solo e teor de salinidade. A área de transição apresentou menor salinidade da água intersticial e pH do solo, provavelmente em decorrência dos altos índices de alumínio. Indivíduos de L. racemosa da área de manguezal apresentaram folhas maiores que a população da área de transição, com maior área foliar, área especíica foliar, densidade foliar e menor volume foliar. No manguezal, indivíduos de L. racemosa apresentaram maior altura e diâmetro basal do tronco e menor densidade de copa e percentual de folhas herbivoradas, porém, maior número de folhas senescentes. Tais resultados possivelmente relacionam-se com as contrastantes condições ambientais e com expressivas diferenças na salinidade da água e nos nutrientes dos solos.

Crescimento urbano desordenado, a economia ribeirinha e os manguezais amazônicos

“…Entre as espécies de maior adaptação fisiológica, destaca-se a Rhizophora mangle L., Laguncularia Racemosa L. C. F. Gaertn, Avicennia schaeuriana Stapf e Leechm e Avicennia Germinan L. Stearn. (Barbosa et al 2015;Bartz et al 2015).…”

“…Outro estudo sobre mangues, versou sobre a caracterização deles. Um deles, foi efetuado por Bartz (2015), em Joinville (SC), nele, os pesquisadores evidenciaram a relação entre o solo e as adaptações vegetais que nelas habitam com por exemplo, Rhizophora mangle L.…”

“…Além disso, Bartz (2015), Coelho e Xavier (2015), este último fez uma análise em Belém, Ananindeua, Marituba, Jacareacanga, Curuça e Vigia, ambos afirmam que aos elevados níveis de salinidade destes locais está diretamente relacionado com a baixa concentração do oxigênio por isso uma quantidade reduzida de espécies vegetais conseguem sobreviver nestes ecossistemas dentre elas organismos destacasse a R. mangle, A. shaueriana Stapf e Leechamn. e a L. racemosa (L.) Gaerth.…”

Os manguezais e marismas da Baía Babitonga: uma síntese

“…Foi registrado apenas um estudo sobre a biologia das espécies de mangues na BB. Bartz et al (2015) demonstrou diferenças nos atributos morfoanatômicos foliares e da arquitetura da planta em populações de L. racemosa distribuídas nos ambientes de manguezal e área de transição manguezal/restinga na Lagoa do Saguaçu, em Joinville. Em ambientes de franja, L. racemosa apresentou árvores com maiores valores na área foliar, altura, diâmetro dos caules e número de folhas senescentes e menores valores em densidade de copa e percentual de folhas predadas.…”

Wood anatomy of Laguncularia racemosa (Combretaceae) in mangrove and transitional forest, Southern Brazil

“…This mechanism is also reflected in its morphological and anatomical adaptations. For example, Bartz, Melo Jr., and Larcher (2015) suggests mangrove individuals are smaller, with lower trunk diameter height and crown density and higher leaf area, than individuals of transitional forests.…”