A escassez dos recursos hídricos aliada ao aumento nos níveis de contaminação tem sido alvo de preocupação por toda a comunidade. Recentemente, foram detectados novos compostos poluidores, em concentrações que variam entre ng.L-1 e µ.L-1, denominados de Contaminantes Emergentes (CEs). Essas substâncias são potencialmente prejudiciais ao meio ambiente e à saúde humana, e dificilmente são removidas pelos tratamentos convencionais de água e esgoto. Assim, o estudo objetivou elaborar uma revisão narrativa sobre as principais rotas de entrada dos CEs no ambiente aquático, os efeitos causados pela presença desses poluentes na água, e apresentar soluções de tratamento para a remoção desses contaminantes micropoluentes. Os CEs são introduzidos na água, sobretudo, por meio de fontes antropogênicas (lixiviados de aterros sanitários e esgotos domésticos e industriais) e estão associados à feminilização de animais, doenças neurológicas, reprodutivas e imunológicas, redução da diversidade de microinvertebrados nos rios e extinção de aves. Entre os métodos de tratamento, apresentam destaque na remoção dos CEs da água: o carvão ativado, filtração por membrana, filtração em margem, wetlands, lodos ativados, além dos processos oxidativos avançados. Cada uma dessas técnicas demonstra vantagens e desvantagens, sendo necessário um estudo mais acurado sobre as características do local a ser implantado o tratamento, a fim de determinar a mais adequada àquele ambiente.