A caprinocultura é uma atividade que vem crescendo no Brasil nos últimos anos. Um dosmaiores obstáculos dessa atividade é a helmintose, que gera muitas perdas ao produtor,principalmente se o tratamento não for estratégico, podendo gerar resistência aosanti-helmínticos. A fitoterapia surge como uma alternativa para evitar resistência e resíduosdeixados pelos anti-helmínticos convencionais. Dessa forma, o presente estudo teve oobjetivo de avaliar a eficácia do Allium sativum no tratamento de helmintoses em caprinos.Para o experimento foram selecionadas 44 fêmeas, que apresentaram OPG menor ou igual à500 e/ou FAMACHA maior que 2. Esses animais foram divididos em 3 grupos, onde Arecebeu alho, grupo B albendazol e grupo C alho. Para o acompanhamento de resultadosforam analisados os dados de frequência cardíaca, respiratória, escore de condição corporal,FAMACHA e OPG de todos os animais selecionados para o estudo. O método McMaster foiaplicado para determinar a resposta parasitária frente ao tratamento definido para cadagrupo, assim como o método FAMACHA, onde se analisa coloração de mucosas sinalizando anecessidade de uso de anti-helmínticos. Os resultados de eficácia para os grupos A, B e Cforam respectivamente 26,81%, 83,87% e 93,10%. O alho se demonstrou ineficaz no grupo A,pois o valor de eficácia está abaixo da referência, que é de 90%. Os animais do grupo Bapresentaram resistência ao princípio ativo albendazol, pois o resultado da eficácia foi abaixode 90%. O grupo C, onde estavam os animais mais jovens, apresentou uma taxa maior deeficácia. Observou-se ser necessário mais estudos sobre o uso de alho no tratamento dehelmintoses em caprinos, para determinar a melhor forma de administração do fitoterápico.