Versão brasileira da Escala de Comprometimento do Tronco: um estudo de validade em sujeitos pós-acidente vascular encefálico

Abstract

O controle de tronco - uma habilidade motora básica indispensável à execução de muitas tarefas funcionais - encontra-se deficitário em pacientes que sofreram acidente vascular encefálico (AVE). Há poucas referências estrangeiras, e nenhuma em português, que focalizem a avaliação de tronco de forma quantitativa. Este estudo teve como objetivo traduzir e verificar a confiabilidade inter e intra-examinador, validade construtiva e consistência interna da versão brasileira da ECT - Escala de Comprometimento do Tronco (Trunk Impairment Scale). Em 18 voluntários com hemiparesia secundária à AVE foram aplicados os seguintes instrumentos: ECT, Protocolo de Desempenho Físico de Fugl-Meyer, Medida de Independência Funcional, EEB - Escala de Equilíbrio de Berg e Classificação de Deambulação Funcional. As avaliações foram realizadas por três fisioterapeutas experientes e o reteste da ECT foi realizado após 48 horas. Foram encontradas moderada confiabilidade intra-examinador e excelente confiabilidade inter-examinador (p<0,05), porém baixa consistência interna (0,45). A EEB foi a única a apresentar correlação com a ECT (r=0,491, p=0,038); a comparação com as demais escalas não revelou significância estatística. A ECT mostrou-se válida e eficaz para quantificar o comprometimento do tronco, com fácil aplicabilidade, e cumpriu os critérios de confiabilidade, assegurando sua replicabilidade por profissionais atuantes na reabilitação neurológica.

Avaliação da Simetria Corporal e Controle de Tronco em Hemiparéticos Pós-Acidente Vascular Encefálico: Uma Série de Casos

“…Cada item varia de zero a três pontos e quanto maior a pontuação, melhor a condição do controle de tronco do indivíduo, a pontuação total é de 21 pontos 24 . Avaliação da Simetria Postural e Transferência de Peso (ASPTP), para avaliar a simetria corporal de indivíduos hemiparéticos.…”

“…Acredita-se que se o hemicorpo comprometido for o lado dominante, os comandos das reações automáticas básicas tornam-se dificultosas, Tabela 1. 24 , e valores ambientes foi associado com a atividade muscular no músculo reto abdominal, oblíquos externo, oblíquo interno e músculos paraespinhais 9,7,12 . E para Jijimoel et al 15 , é necessário que os músculos do tronco promovam a estabilização proximal para que as extremidades realizem as atividades funcionais pós-AVE. Indivíduos que possuem força muscular de tronco deficitária, consequentemente, apresentam dificuldades nas reações automáticas básicas e isto pode ter ocorrido devido à falta de um melhor controle muscular para desempenhar estas atividades 4,2 .…”

“…A média de idade foi de 71,4 anos (DP=9,4) e a massa corporal foi de 60,6 Kg (DP=7,3). A mediana do tempo de lesão foi de 15 [5][6][7][8][9][10][11][12][13][14][15][16][17][18][19][20][21][22][23][24] meses; o hemicorpo esquerdo foi o afetado para cinco (55,6%) participantes; o hemicorpo dominante foi afetado para seis (66,6%) indivíduos. A ECT total foi de 16 pontos, evidenciando comprometimento no controle do tronco.…”

Cross-cultural adaptation of the Motor Assessment Scale (MAS) for Brazil

“…[7][8][9][10] In the literature (MEDLINE/PUBMED, LILA-CS, CINAHL, SCOPUS and WEB OF SCIENCE), 11 instruments for assessing the motor function of individuals after a stroke were found translated into Brazilian Portuguese. [11][12][13][14][15][16][17][18][19][20][21] However, only three of them (Motor Assessment Scale, Rivermead Mobility Index, and Fugl-Meyer Scale) [11][12][13] evaluate motor function globally, including the trunk as well as upper and lower limbs. Among them, the Motor assessment scale (MAS) stands out because it evaluates motor function through observing the performance of functional activities, with emphasis on the quality of movement during transfers and in manual activities.…”

Efeitos da facilitação neuromuscular proprioceptiva na estabilidade postural e risco de quedas em pacientes com sequela de acidente vascular encefálico: estudo piloto

“…A reaquisição do controle do tronco foi identificada como importante fator para a estabilidade postural, marcha e eficiência das atividades da vida diária (AVD) na hemiparesia [1][2][3] . Quando ocorre uma lesão em qualquer área cerebral percepção sensitiva, orientação espacial e mecanismos do controle motor ficam prejudicados, causando hipertonicidade da musculatura antigravitária, que leva a fraqueza muscular e proporciona posturas assimétricas com maior descarga de peso na perna não afetada, aumentando o risco de queda para o sujeito com hemiparesia [4][5][6] .…”