Objetivo: Investigar o perfil dos motociclistas vítimas de acidentes de trânsito atendidos em um serviço de reabilitação. Método: Trata-se de um estudo transversal e exploratório. Elaboração e aplicação de questionário para obtenção de dados: sociodemográficos, de trabalho, tipo de lesão e sobre o tratamento realizado de motociclistas, atendidos no período entre outubro de 2018 a maio de 2019 em um serviço de reabilitação em Santos-SP. Os dados foram analisados estatísticamente sob forma descritiva. Resultados: Participaram 30 motociclistas, a maioria do sexo masculino (53,3%), com idade inferior a 35 anos (53,3%), e de escolaridade de ensino médio (60,0%). As profissões eram variadas, e em relação ao vínculo empregatício, 30,0% não possuíam vínculo formal, enquanto 70% eram de regime CLT. Quanto às lesões, 60,0% sofreram fratura, 30,3% politrauma, sendo a região corporal dos membros superiores a mais prevalente (46,6%). Dos motociclistas, 66,7% já haviam sofrido algum acidente de trânsito envolvendo a motocicleta anteriormente, e 76,7% encontravam-se afastados do trabalho para tratamento. Destacou-se que, para 89,7% a avaliação no serviço de reabilitação foi iniciada somente após 61 dias. Conclusão: A maioria dos acidentados eram jovens trabalhadores, e há necessidade de promover ações qualificadas de prevenção e assistência à saúde de motociclistas vítimas de acidentes de trânsito, e de diminuir o tempo de encaminhamento ao serviço de reabilitação.