Este trabalho tem por objetivo discutir a inteligência política como estratégia Institucional de segurança pública capaz de suplantar programas/projetos dissonantes da realidade paranaense. Para tanto, adota-se como estudo de caso as tentativas de implementação da polícia comunitária no Estado do Paraná nas duas décadas finais do século XX. A pesquisa de natureza qualitativa e de exploração bibliográfica aponta alguns possíveis equívocos cometidos por diferentes governos na aplicação destas políticas, sobretudo pela perpetuação do pensamento colonial no imaginário social que contamina as forças políticas do estado quando estas importam projetos de outras realidades sociais/culturais para o cotidiano da segurança pública paranaense. Outrossim, percebe-se que tais programas de polícia comunitária são vis porque são concebidos como programas de governo e não de estado, alternando-se na mesma medida em que ocorre a alternância de mandatários. Com caráter propositivo, estima-se que o investimento institucional em inteligência política pode constituir-se em uma estratégia interessante para o assessoramento das forças de segurança pública na medida em que estas podem se antecipar às eventuais ingerências.