2018
DOI: 10.15446/rsap.v20n4.62942
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Violência física contra lésbicas, gays, bissexuais, travestis e transexuais no interior do nordeste brasileiro

Abstract: Objetivo Determinar o perfil de violência física perpetrada contra integrantes lésbicas, gays, bissexuais, travestis e transexuais (LGBTT).Método Estudo descritivo, de abordagem quantitativa, realizado com minorias sexuais nos municípios de Juazeiro do Norte e Crato, Ceará, Brasil. Utilizou-se um formulário estruturado para coleta de dados. O estudo teve aprovação prévia de Comitê de Ética em Pesquisa.Resultados Um total de 316 integrantes LGBTT, em sua maioria gays, solteiros, pardos e com idade média de 24,3… Show more

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“…Estudos anteriores encontraram que a percepção de homofobia na comunidade é fortemente influenciada por variáveis que de alguma forma traduzem classe social, por exemplo, a renda e escolaridade, sendo que homens gays com menor poder aquisitivo, residentes nas periferias de grandes centros urbanos e de cor negra os mais vulneráveis à homofobia (Andersen & Fetner, 2008;Díaz et al, 2001). Sabe-se que, no Brasil, os crimes de homofobia são mais prevalentes em regiões mais periféricas e em pequenas cidades do interior do país, sobretudo nas regiões centro-oeste, norte e nordeste (Mendes & Silva, 2020;Parente et al, 2018). Uma vez que mais da metade dos participantes era proveniente de São Paulo, pode-se supor que os índices de homofobia internalizada e percebida na comunidade pode ser ainda maior na população de homens gays com HIV geral.…”
Section: Discussionunclassified
“…Estudos anteriores encontraram que a percepção de homofobia na comunidade é fortemente influenciada por variáveis que de alguma forma traduzem classe social, por exemplo, a renda e escolaridade, sendo que homens gays com menor poder aquisitivo, residentes nas periferias de grandes centros urbanos e de cor negra os mais vulneráveis à homofobia (Andersen & Fetner, 2008;Díaz et al, 2001). Sabe-se que, no Brasil, os crimes de homofobia são mais prevalentes em regiões mais periféricas e em pequenas cidades do interior do país, sobretudo nas regiões centro-oeste, norte e nordeste (Mendes & Silva, 2020;Parente et al, 2018). Uma vez que mais da metade dos participantes era proveniente de São Paulo, pode-se supor que os índices de homofobia internalizada e percebida na comunidade pode ser ainda maior na população de homens gays com HIV geral.…”
Section: Discussionunclassified
“…Por meio da tentativa de silenciamento/exclusão de minorias sociais, expressase também as fragilidades associadas a hegemonias heteronormativas (binarismo sexual e de gênero) demostrando que a sobreposição de vitimizações exacerba a vulnerabilidade de grupos sociais, de modo que o racismo, sexismo, pobreza ou credo se agregam a orientação sexual e/ou identidade de gênero já estigmatizados (Parente, Moreira, & Albuquerque, 2018). Nessa perspectiva, desdobram-se como desafios interseccionais agravantes a velhice da população negra LGBTI+, o racismo e LGBTfobia, eixos historicamente associados a desigualdades e exclusão social no Brasil, sendo imprescindível atentarmos para os efeitos decorrentes dessas intersecções para o envelhecimento da população negra Marcelino, 2016).…”
Section: Racismo E Lgbtfobia: Desafios Interseccionais Para O Envelhecimento Negro Lgbti+unclassified
“…Estatísticas promovidas pela Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República (SDH-PR) apontam que violências LGBTfóbicas matam um 1 homossexual a cada dois dias no Brasil, não compondo essa contagem as subnotificações (Brasil, 2018). O perfil de vítimas LGBTI+ que sofrem violência também destaca-se, em que os homossexuais estereotipados como afeminados, e as pessoas autodeclaradas pretas, notadamente os da região nordeste, são as mais vitimadas por ataques LGBTfóbicos e transfóbicos (Parente, Moreira, & Albuquerque, 2018). Catelan et al (2019) trazem que no âmbito escolar os preconceitos, estereótipos e discriminações se perpetuam quando se mascaram ao reafirmarem uma dita "anormalidade" atribuída a diversidade de gênero e sexualidade no ambiente escolar, agravando-se quão mais associado a feminilidade para os meninos e a masculinidade para as meninas.…”
Section: Racismo E Lgbtfobia: Desafios Interseccionais Para O Envelhecimento Negro Lgbti+unclassified